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Mostrando postagens de junho, 2023

Num posto de escuta... Policial - autoria de Anna Wolff

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E o mar magnífico ali estava. Reluzente. E eu hipnotizada nele. Observando extasiada o ciclo da vida. Pela madrugada os horizontes róseos. O sol explodindo vida irrompendo na copa das árvores. Bandos de pássaros saindo em revoada. Seis horas da manhã. - Parece a alegria pura – comentei. Só então percebi que estava falando sozinha. Até minha voz parecia límpida na manhã tão fresca. Aproximei-me do mar. Água gelada. Fiquei ali mais de uma hora. Então cardumes de peixes minúsculos vieram mordiscar meus pés. Sete horas. Às dez horas aparece então o Sargento Souza – co mo o batizamos – um cachorro policial triste e silencioso. Por que Sargento Souza? – Ora essa mania que a gente tem de aproximar certas personalidades aos animais. Conhecemos um Sargento Souza deste jeito: triste, silencioso, mas inflexível. Via-se o homem sofrer, a dor estava ali nos olhos, de olhar enevoado e distante. Mas nunca deixou de fazer a sua inspeção sistemática, agressiva. Vejo o cachorro triturar os pedaços d

Consultório sentimental

Responde Anna Wolff, editora do caderno “Jornal da Mulher” (edição de domingo do Jornal da Serra de Nova Friburgo). O caso de hoje é do jovem Alexandre, de SP, que num sério dilema conta-nos que: “O dia que conheci Maria tudo mudou para mim. Imagine que eu estava noivo, com data marcada para casar-me com outra... não tinha a menor vontade nem interesse por mais nada que não fosse a minha noiva, mas Maria com seu jeito sexy, deixou-me louco. E logo compreendi que tinha que desmanchar meu noivado. De repente o mundo era ela – Maria de minha vida. Maria que entrou no meu sangue, até o compasso de minha respiração parecia repetir o nome dela. Não que eu pensasse em casar-me com ela. Eu só queria tê-la, para tirar essa obsessão da minha cabeça. Mas foi pior, aí, então, é que tudo foi mais loucura. Minha mãe tentou trazer-me à razão, ela gostava muito da minha ex-noiva. Mas foi inútil. Estava totalmente envolvido nesta paixão a

O tragicômico da Vida

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B rigas de família em Mutum – Minas Gerais – Um prefeito perde a vida. Pobre Gentil Simões Caldeiras! Já tenho observado que as pessoas agem muito de acordo com o nome que recebem na pia batismal. Mas este tinha a antagonismo no nome: Gentil – e Caldeira – resultado: sua “gentileza” foi “fogo”! E assim o cunha – indicado com um dos 5 mandantes do crime deu a ordem: “Pau nele!”. E o nome do suposto assassino? Paulinho! Mas Paulinho tinha uma filha que com seus olhos de lince não perdia uma: namorar era com ela! E como ela nasceu como uma aura de felicidade, para os pais, seu nome só podia ser Aurelice. Pois é, mas no final ela foi o castigo de Paulinho. Pois Aurelice foi mudar de ares, passeando no ar, de avião, com José Silvério Lima Drumont – funcionário do setor de compras de terras e madeiras no Espírito Santo para a Cia. do Rio Doce. Acontece que José era casado, mas isto não vem ao caso. Pois quem não tem cão, caça com gato e quem não tem laranja fica com lima. Foi o que pensou