O Padre José da Paróquia de Venda das Pedras, Itaboraí
REINALDO WOLFF: Como surge uma vocação? Ser padre é vocação ou missão? A família teve influência na sua decisão? Opção ou obrigação?
Ele disse que tem um tio que é padre e que a família jamais o forçou. Mas ele, no confessionário, quando tinha 14 anos sentiu dizendo-se ao Padre - que ele queria ser padre. E que ali ele já estava pronto espiritualmente para ser um padre. Se é vocação? Ele disse: “As duas coisas andam juntos. Porque ninguém força a nada. Quando aquilo vem do interior da própria pessoa. Há um aspecto missionário na igreja. E há o aspecto também que a pessoa deve fazer aquilo que sente que é a vocação. Ele explicou o que é irmão de fé. E eu disse a ele: olha Padre, se me permite lhe dizer - irmão, na verdade, inclui ideia de solidariedade. E é isso que está faltando nos dias de hoje. As pessoas precisam ser solidárias. Deixar o egoísmo de lado. E fazer algo para o bem de todos. E no final eu ainda disse pra ele, como sugestão: o que está faltando fazer agora é o que a Igreja dos Mórmons fez. Porque tem muitas pessoas humildes que não encontram a origem deles. As pessoas de origem nobre sabem onde encontrar as origens porque tem registro. Mas as pessoas humildes, às vezes, não tem nem documento de nascimento. O único local que tinha a função cartorária é Igreja Católica. Então, na minha opinião, o que a Igreja Católica tem que fazer agora é semelhante ao que já foi feito na Igreja dos Mórmons fez referente a registros de famílias. É isso que vai, na minha opinião, reativar os laços de famílias. É exatamente por onde a Igreja vai assumir a liderança como igreja. É a partir dos entrelaces de grau de parentesco, é que voltam as pessoas à igreja.
Cristo ensinou que entre outros aspectos, vem a prosperidade, mas não é o foco principal. A prosperidade é uma situação advinda de um bem estar recebido pela fé.
Quando eu cheguei ele estava no computador. Aí eu disse, desculpe, eu não marquei horário. Ele disse fique então. Eu disse, esteja à vontade, eu espero no carro. Ele terminou a tarefa que estava fazendo no computador e veio no carro nos chamar. Ele falou trechos bíblicos, tanta coisa bonita! Falou da missão de Deus e sobre Ele na Terra. Fez um trabalho todo elaborado para responder. No final eu perguntei, o senhor gostou da entrevista? Ele: gostei muito! Eu me senti valorizado como ser humano. A gente sente que é interessante a reportagem. Ele ainda disse: Que perguntas difíceis me fez! É uma sabatina? Reinaldo diz: São apenas perguntas que têm a ver com o que o senhor faz. Ele pensou bem cada uma delas. Respondeu todas. Disse que é professor universitário da PUC e no final sentiu-se gratificado com a entrevista e indicou outro padre para ser entrevistado.
Aguarde a íntegra desta entrevista: Os mistérios da Religião. // Equipe Wolff.
Veja também:
http://equipewolff.blogspot.com.br/2013/07/jornalista-reinaldo-wolff-conversando.html
Fotos: Arthur Wolff
*Matéria originalmente publicada em 23 de agosto de 2013, conferida e atualizada.
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http://equipewolff.blogspot.com.br/2013/07/jornalista-reinaldo-wolff-conversando.html
Fotos: Arthur Wolff
*Matéria originalmente publicada em 23 de agosto de 2013, conferida e atualizada.
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