Palmeira Imperial
Recém chegada de "estadia de 10 anos em São Paulo", essa maravilha me "conquistou". No dia seguinte, ainda madrugada, chegamos os dois - meu pai e eu - fascinados com essa dádiva da Natureza. Somente com o uso de muita força e uma enxada, conseguimos "adotar" nossa espécime de Mata Atlântica. Veio uma muda um pouco menor do que ansiara minha fantasia de "luxúria de natureza".
Está aí. Bem no meio do meu pátio, dividindo a casa em duas partes: Antes e depois da palmeira... Bom, agora tenho que revelar a verdade: É um belo coqueiro. Daqueles que crescem bem alto. E doa cachos fabulosos de coquinhos que vão crescendo, crescendo... Quando chove muito, passamos por ele, correndo e rezando. Tudo bem, é saudável treinar e aumentar a fé.
Mas às vezes me ponho a cismar, não sei porque lembro o que me contaram, em outros tempos, um jovem se divertia com roleta russa. Apontava uma arma contra si, rodava o tambor com uma só bala. Se fosse a vez dele, morreria. Se não fosse... que emoção!
Olho para as ramagens fabulosamente enfeitadas por roliços cocos prontos para quem tem coragem de escalar. Ou aguardar a remessa "entrega rápida": um arremesso para sabe-se lá quem, em cima do telhado, na cabeça do gato, etc...
Ainda bem que sigo os conselhos budistas do jornalzinho que me veio às mãos: "onde for, onde estiver, siga o trajeto observando tudo à sua volta." Assim o Grande Buda preconiza seu desenvolver percepção refinada dos sentidos. E para a vida. Ao chegar ao seu destino, você chega leve, sem as angústias que a pressão do cotidiano, faz sufocar aos desavisados das cidades.
Ainda bem que sigo os conselhos budistas do jornalzinho que me veio às mãos: "onde for, onde estiver, siga o trajeto observando tudo à sua volta." Assim o Grande Buda preconiza seu desenvolver percepção refinada dos sentidos. E para a vida. Ao chegar ao seu destino, você chega leve, sem as angústias que a pressão do cotidiano, faz sufocar aos desavisados das cidades.
Mas tudo tende a ter sua explicação. Pesquiso a psiquê de minha tenra infância. Morava no sul, e aos 6 anos vim visitar meu avô em seu novo apartamento, frente ao mar da Sá Ferreira. Parei em sua sala, quero dizer: "salão de festas?" - em vez da vista para o mar de Copacabana, observo os detalhes do quadro frente à mesa. Tela bem realista, frutos sobre a mesa.
De fato havia um mamão, dois chuchus, e um coco aberto. Mas naquela idade eu não entendi nada.
Texto MW
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