Um breve relato sobre a vida da escritora Anna Wolff



O dom da escrita

Nasceu em 1930, em uma família católica, de classe média alta. O pai, juiz de direito no Conselho de Contribuintes. 

Era rigoroso e frio para educar a sua única filha. E companheiro amoroso de seus quatro filhos homens, unidos pelo gosto de apostar em cavalos de raça, nas corridas do Jockey Club. 







Anna perdeu a mãe aos três anos de idade. Aos cinco anos cantava na procissão católica: “No céu, no céu, com minha mãe estarei”... esta ausência marcou sua vida. 





E lhe fez derramar seu potencial de amor nos livros que escreveu. 

E no desenvolver de um dom extra-sensorial, pela qual se tornou nacionalmente conhecida – com acertos de noventa a cem por cento de suas previsões.

 

O dom da percepção

Aos seis anos começou a descobrir seu dom de percepção: “Eu achava que era assim – eu via as coisas de futuro”. E ia me confessar ao Padre “Meu pai diz que sou mentirosa. Quando eu falo, ainda é mentira, depois acontece. Eu menti?”. E o Padre respondeu: “Ah, foi muita coincidência. Vai ter que rezar o terço, fazer penitência e falar sempre a verdade”.

E este tornou-se o seu lema. Muita oração para não esmorecer diante do sofrimento. Uma vida inteira em busca da verdade. Escreveu muitos livros de orações e com intensa fé enfrentou os dissabores da vida.



Sequência de eventos

Em 2005, durante as aulas de seu curso de Percepção, diz: “Eu nunca me entreguei para a dificuldade. Eu sempre lutei contra a adversidade”. Em outra ocasião: “A pessoa é líder quando vence dentro dela mesma as grandes dificuldades – e faz disso norma para os outros”. 


Aos vinte e três anos tornou-se professora de inglês. Antes de entrar pela primeira vez em sala de aula, recebeu o conselho da diretora: “Fecha a cara para eles. Fica firme. Nada de parecer boazinha. Eles são rebeldes e repetentes”. Outra professora diz: “Temos que formatar, enquadrar e produzir jovens dentro do esquema”. Anna conta: “Saí dali pensando. Eu não quero ninguém formatado, reprimido. Quero almas livres, capazes de pensar e produzir. Trabalhar e estudar com vigor. Eles querem espremer, reduzir, formatar os jovens. Eu não quero nada disso! Quero dar força de expressão ao jovem. Não vou dar moleza. Mas vou criar com eles, um ideal realizador. 




Chegando aos trinta anos dela, esse pai irredutível enfim conseguiu entendê-la. Foi quando desta harmonia, Anna voltou ao seu marido. E com isso viveram quase cinquenta anos de casamento mesmo. Os dois muito felizes a apaixonados. “Compreensão é a palavra mágica da reconstrução emocional” – esse é o lema de uma vida inteira e de muitas de suas obras literárias.




Anna com setenta anos, e eu ainda ouvi meu pai me confessar durante uma saída de carro: “Amo profundamente minha mulher. Cada dia amo mais ainda minha mulher”. Nesta época ela estava escrevendo um livro de orações em homenagem a ele. Orações que rezávamos com ele todos os dias, reunidos, de manhã.

 



Legado

Estou em pré-lançamento do livro “Roteiro de Uma Vida – em poesia e violão”, “Percepção – Guia Mágico de Sobrevivência na Selva das Emoções”, "Religare - Em busca da Luz Divina", “As Orações Milagrosas de Jesus Cristo e os Seus Apóstolos”, entre outras de suas inúmeras obras, estando esta última registrada em português e inglês, na Biblioteca de Washington. Ana Maria Wolff, ao realizar este registro, escolheu deixar seu nome mais fácil, para ser conhecida no exterior: Anna Wolff


TV Bandeirantes

TV em Porto Alegre, 1996

TV Bandeirantes

TV Record, 1985



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