Quando a estória esbarra na realidade
Estando no caixa do mercado, termino de passar a minha compra, quando na hora exata de pagar, passam 3 meninos de pés no chão, e só de calção. O menor, e que parecia também ser o mais velho, lambendo os dedos lambuzados de doce. Os outros 2 vinham andando mais devagar. Na minha frente aparece uma carinha assustada, levantando os braços, mostra um pacote de salgadinhos e um litro de iogurte. Minhas compras estavam ainda, sobre o balcão, retirei itens e disse: “pode somar com mais aquele”. Na mesma hora, o outro grita feliz: posso também? Aquele instante a gente esquece quanto já extrapolou do orçamento. Aqueles olhinhos brilhantes de esperança me cativaram. “Vá lá!” - respondi. Ele saiu correndo pelos corredores buscar seu presente. Para minha surpresa o menor, com a voz possante, grita “me dá! Eu também quero!”. Aí já estava ficando uma compra bem salgada, mas pensei, tirei outros itens e disse: “Vá lá”. Ele saltou veloz no balcão e volta em segundos com as mãos cheias de iogurtes e “...