Reunião Pró-Vida - Reinaldo Wolff

Reunião Pró-Vida - como fazer todo o possível para evitar calamidade
Em visita ao DRM, Departamento de Recursos Minerais, o Jornalista Reinaldo Wolff propõe uma reunião de autoridades em torno do tema "O que é possível fazer para se prevenir de calamidades na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro?".
Escritora Ana Maria Wolff
Reinaldo Wolff falando da previsão de Ana Maria Wolff sobre duas calamidades em Nova Friburgo.
Pedro Hugo Müller, geógrafo do DRM: Tem um setor agora aqui no DRM que trata especificamente dessa situação, que é o Núcleo de Escorregamentos. Diagnósticos de e
scorregamentos. Eu vou lhe encaminhar para conversar com eles, que já estão atuantes nessa área. Não sei falar por eles.
RW: A nossa intenção é fazer essa reunião. No momento é iniciativa particular, não é de governo. Conheço pessoas do jornalismo, de televisão, proponha que se possa reunir todos e falar no evento, o que é possível ser feito. Pois, o que se sabe, é que Defesa Civil socorre a emergência, mas e quanto a prever a calamidade e se prevenir?
Pedro: É que eles do Diagnóstico de Escorregamentos é que estão diretamente ligados ao assunto.
RW: Mas o senhor concorda comigo? A Defesa Civil só vê a emergência e os senhores preveem com base nos estudos geológicos. 
Pedro: A Defesa Civil só interdita, em função da emergência, em função do apoio técnico, depois do acontecido.
Prefeito de Friburgo, Renato Bravo, e Jornalista Reinaldo Wolff
RW: Sim, exatamente o que falei com o Prefeito Renato Bravo, de Nova Friburgo, durante o recente evento Fevest. Eu disse ao prefeito "O senhor não faz ideia, não leve a mal, a Defesa Civil só vem aqui se houver emergência de uma calamidade. E eu pergunto ao senhor - e antes da calamidade? O que pode ser feito?". O erro básico é o seguinte - a licitação pública é necessária para qualquer compra do governo, só não quando existe calamidade! O senhor entendeu porque não fizeram nada antes? Então vamos fazer o contrário do que houve. Vamos reunir e eles serão conscientizados, como políticos, a darem uma posição! Se não a sociedade vai cobrar! Estou propondo que antes que ocorra a calamidade pode ser previsto o risco e serem feitas iniciativas.
O geólogo se afasta e em seguida, na portaria, Rodrigo comenta: Aqui em Niteroi fizeram obras em cima de um lixão. Deixaram construir em cima de um terreno que foi um lixão.
RW: Lá em Itaboraí o senhor soube o que fizeram? Em cima do maior manancial de água que é entre Itaboraí e Maricá, eles colocaram um lixão em cima desse local!
MW: Uma pena! Falta de planejamento.
RW: Não é possível que um ser humano não entenda que essa água não é só para nós, mas para as futuras gerações ela vai ser necessária! O que eu entendo é o seguinte - do momento que contaminou essa água, entrou, invadiu reserva aquífera, estragou o manancial. Entrou a bactéria, não existe como recuperar o subsolo. Até hoje não tem solução. Pode ser que alguém ainda descubra. Mas ainda não existe solução, porque a bactéria prolifera, estraga toda a água! Então é absurdo fazer isso! A ideia que nos ocorreu é reunir todos, ninguém pediu - a gente mesmo está fazendo esta iniciativa. Como jornalista eu conheço tantas pessoas que falando com um, com outro, acabam todos se reunindo, não é verdade?
Rodrigo: Exato.

Aproxima-se alguém, Reinaldo pergunta: Boa tarde! O senhor também é geólogo?
Ele responde que não.
Jornalista Reinaldo Wolff e Presidente do DRM-RJ, Wilson Giozza
RW: O senhor é o Diretor Presidente?
Responde Wilson Ferreira Giozza: Sim!
Reinaldo se apresenta e diz: já entrevistamos diversas pessoas do DRM. A nossa proposta é a seguinte: fazer uma reunião dos senhores junto com os políticos e a cúpula das cidades de Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis - fazer uma reunião para evitar novas calamidades que estão previstas de ocorrer lá. Inclusive o próprio pessoal daqui nos avisou - riscos de desabamento - tão sérios que está previsto que há possibilidade de muita gente morrer por causa disso. Para evitar estas mortes, reunir os senhores com os pareceres técnicos, as medidas que são necessárias para evitar esses riscos. E nós da Equipe Wolff vamos dar nosso apoio jornalístico junto ao meio de rádio, televisão, jornal e outras mídias. A reunião do DRM com os prefeitos e autoridades locais e se possível com o Governador, não é interessante essa ideia?
Wilson Giozza: É interessante sim. É o que a gente está fazendo com a Prefeitura de Niteroi.
RW: Mas não seria interessante a iniciativa?
Wilson Giozza: É, a iniciativa é interessante, sim!
RW: Gostaria que o senhor desse o apoio nessa ideia - marcarmos um dia em Friburgo com o Prefeito.
Wilson Giozza: Poderíamos marcar uma reunião com a Diretora Aline Freitas - para sentarmos e avaliar e pensar um pouco melhor em como fazer este encontro, este apoio. Vou pedir para ela ligar. Era bom dar uma pensada para a gente entender melhor como fazer isso.
RW: Eu tenho como fazer contatos com hotéis de lá, para recepcionar. Quero fazer esse evento no sentido humano de querer ajudar a evitar catástrofe. Nossa mãe era escritora no jornal local e fez previsões sobre isto. Nosso trabalho de jornalismo já é conhecido aqui, entrevistei diversas pessoas aqui. Entrevistei pessoas destacadas como o Desembargador Nagib Slaib Filho, o Deputado Jair Bolsonaro, o Príncipe Maia da Espanha, o Presidente da OAB de Niteroi - pessoas de gabarito. Não sou candidato a político, nem nada disso.
MW: Só gostamos muito de Friburgo.
RW: Nossa mãe era uma pessoa perceptiva. Ela previu duas calamidades para Friburgo! Então, a gente sabendo antes, tem como evitar isso. O que estamos fazendo a Bíblia chama de "bom samaritano". Cada um de nós tem um pouco disso.
Wilson Giozza: Claro! A maioria tem!
MW: Eu também acredito assim.
RW: Então, prevendo, a gente vai fazer o que? Tomar as iniciativas! Sendo a ideia básica um comitê de vários municípios, com o DRM apoiando. Acredito que vamos ter respostas positivas de apoio.


Voltando ao diálogo com o geógrafo Marcus Felipe Cambra, que se aproxima.
Reinaldo Wolff comenta: Para evitar que ocorra uma outra calamidade, evitar que mais pessoas morram - a ideia é propor fazer um evento no salão nobre da Prefeitura de Friburgo. Agendar com os senhores, e aí fica por conta do governo o ônibus para levar as pessoas. Eu não estou agendando nada financeiramente para mim. Estou fazendo este movimento só no sentido de ver o benefício que precisa ser feito. Então esse benefício eu sinto na obrigação de impulsionar. Porque a nossa mãe era uma pessoa sensitiva, escrevia para o jornal local - Ana Maria Wolff escrevia "Percepção, Guia Mágico de Sobrevivência". Ela deixou um alerta que era melhor que se mudassem! Devido a tamanho risco, ela ainda disse "é uma força descomunal a força das montanhas, que não tem como segurar. Não há obra de engenharia que segure". Então o alerta dela ficou. Infelizmente ela se foi, está lá com Deus... E o que ocorre? A intenção é fazer com que ela tenha a voz ativa - não para o pior - mas para as autoridades se reunirem e fazerem tudo o que for possível para que se reúna forças para evitar. Tudo para evitar o risco geológico... O senhor lembra que naquela época que conversamos o senhor nos disse "O que falta é a coordenação entre os diferentes setores de atuação"?
Marcus diz, enfático: Sim!
RW: Eu estou tendo essa audácia de propor - desculpe eu dizer assim - da minha parte com a simples palavra de um jornalista, de reunir essas pessoas. E se me derem o crédito necessário, não vou ter vantagens financeiras com isso. O que eu quero é ter a exclusividade de divulgar que nós estamos à frente disso. Eu quero só que as cidades e as pessoas se beneficiem com o propósito de evitar calamidades. Acredito na sinceridade de vocês, no coração bom que o pessoal desse Departamento tem, de ajudar aquelas pessoas que sobreviveram a um desabamento. Teve até o prefeito anterior de Friburgo que caiu um desabamento sobre ele e morreu, o senhor lembra desse fato?
Marcus: Sim, teve um mega desastre... Aqui tem o setor de Risco Geológico, que é o NADI - Núcleo de Análise e Diagnóstico de Desabamento. Tem a diretora e a coordenadora do núcleo. Dra. Aline é a diretora. E constantemente existem esses contatos com a Defesa Civil desses municípios, existem os mapas, tem todo um trabalho feito pela DRM.
RW: Sim. Mas não é interessante fazermos uma reunião e prever antes?
Marcus: É, sempre tem que estar se comunicando, mas de antemão eu lhe falo que existem trabalhos, contatos com as Prefeituras. Inclusive o DRM dá esse suporte às Prefeituras que não possuem corpo técnico para essa demanda. No Rio de Janeiro há um órgão específico para isso, tem autonomia na cidade do Rio, mas outros municípios que não possuem um corpo técnico acabam solicitando ao próprio DRM. Aí existem esses contatos, essas reuniões, os mapas. Mas não é da minha área.
RW: Pois é aquilo que falamos aqui com os senhores, incentivou isso - sobre o que nós conversamos, que faltava esse entrosamento entre os setores?
Marcus: Sim, naquela vez foi o que conversamos, mas tem muito tempo isso! A gente falou sobre projetos!
RW: A ideia nossa foi incentivar o entendimento.
Marcus: É sempre importante incentivar, com certeza.
RW: Mas não houve ainda uma reunião com autoridades das mais diversas áreas dentro de riscos?
Marcus: Olha, eu acho que já se fizeram várias reuniões, eu não sou do setor, não posso responder. Mas pelo que eu acompanho, que é divulgado no site, e aqui dentro, internamente, sobre os trabalhos, eu vejo que tem reuniões com a Defesa Civil, com as Prefeituras. Não sairá do zero, vamos dizer assim...
RW: Reunião com os políticos também?
Marcus: Sim, com as autoridades!
RW: Só da prefeitura? Eu proponho reunir com as autoridades até nível federal!
Marcus: Bem, aí eu já não sou do setor. Só estou informando que não vai sair do zero.
RW: Ótimo! Não tem problema!
Marcus: É, tudo agrega.
RW: A intenção nossa é exatamente essa.
Marcus: Se vocês estão empenhados nesse objetivo.
MW: Nos chamou atenção pois gostamos demais da Região Serrana do Rio de Janeiro.
Marcus: Se vocês têm esse objetivo e os contatos, é legal o trabalho!

http://equipewolff.blogspot.com.br/2015/11/projeto-caminhos-geologicos-drmrj.html

 Jornalista Reinaldo Wolff e Prefeito de Friburgo, Renato Bravo, no dia 21/07/2017

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