Conceitos de Ralph Waldo Emerson sobre a força do pensamento pioneiro
Emerson, o primeiro pensador verdadeiramente americano que afastou-se dos velhos conceitos arraigados da Europa. Veio destacar o vigor do pioneirismo construidor de uma nova realidade. Confira aqui o resumo:
Alkinson diz que Ralph Waldo Emerson foi o primeiro filósofo do espírito
americano. “Embora os Estados Unidos tivessem já atingido a
independência política, ainda tiravam a sua cultura do estrangeiro”. Presidente
Monroe em 1823 já falava da necessidade desta “independência de espírito”.
Assim Emerson foi o primeiro da independência intelectual americana: ao invés
de exaltar o conformismo diante dos padrões estabelecidos, Emerson dirigia sua
oratória aos jovens, considerando-os “indivíduos livres”. E ainda a noção “cada
um possui a agulha magnética que apontará sempre o seu “caminho certo”.
Emerson escreve em "A conduta para a vida – Ralph Waldo Emerson - edição Martim Claret", em alguns homens as funções digestivas e sexuais absorvem o poder vital. E cita que Jesus disse: “Olhando-a, ele já cometeu o adultério”. E ainda explica: “Mas antes mesmo de ter olhado a mulher, ele é adúltero pelo 'excesso de animalidade' e pela 'falta de pensamentos de sua constituição'. Quem os encontra na rua, vê que ambos estão maduros para serem vítimas um dos outros."
Muitos homens e mulheres são
simplesmente um casal a mais. De vez em quando uma pequena câmara nova ou célula se abre no cérebro de um deles e uma certa disposição, algum gosto,
talento isolado – e aptidão, que não chega a modificar a classe do ser, na escala da natureza. Por fim, essas sugestões e tendências vão se fixar em um só indivíduo. Que absorve bastante dos alimentos e obterá força. E vai tornar-se “novo centro pensante”. E o “novo talento” aspira tão rapidamente à
energia vital, que não lhe resta o suficiente para as funções animais,
bastando-lhe apenas a “saúde”. E se este “gênio” aparecer de novo na 2ª
geração, já estará mais debilitado na saúde, e fortalecida a força mental geradora. As
pessoas nascem com disposições morais ou disposições materiais, até irmãos uterinos são destinos
divergentes. As mais fortes das idéias, nas maiorias e nações, encarna-se nos
mais sãos e mais firmes.
A população do globo é uma
população condicional: não é a ótima, porém é a melhor que possa viver
atualmente. Sabemos pela história a influência que exerce a raça. Apreciamos os
hábitos de vida febril e vitoriosa de nosso grupo familiar.
Em cada milhão de homens, haverá
sem dúvida um astrônomo, um matemático, um mistíco. Ninguém lê a história da
Astronomia sem se aperceber de que Copérnico, Newton, Laplace não são uma nova
espécie de homens, mas que a estes antecederam Tales, Anaximenes, Hiparco,
Empédocle, Aristarco, Pitágoras. Enípodes havia enunciado: cada um com
pensamento igualmente endereçado à geometria, à lógica, aos cálculos rigorosos.
Um espírito paralelo aos movimentos do mundo
O princípio que penetra a
natureza inteira, a que chamamos Destino, aparece-me como um limite. Tudo o que
nos limita chamamos Destino. Se somos brutais e bárbaros o Destino assume forma
brutal e terrível. À medida que nos refinamos, nossos obstáculos se tornam mais
delicados. Se nos elevamos a cultura espiritual, os obstáculos se tornam mais delicados. Conclusão: os limites se requintam à medida que a alma se purifica, mas o
círculo da necessidade está sempre no ápice.
O próprio pensamento não estará
acima do Destino: também ele deve agir segundo as leis eternas. E bem acima do
pensamento, no mundo moral, o Destino nivela, ordenando ao homem que seja
justo, castigando quando não se faz justiça.
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