Holambra SP - Renato Opitz, Diretor Geral da Hortitec, em entrevista exclusiva ao jornalista Reinaldo Wolff
Renato Opitz: Ah... bisavós. Avós brasileiros.
RW: Senhor Renato, como é que chegaram à conclusão de fazer tal evento, de tal magnitude como este de Holambra?
Renato Opitz: Primeiramente, é que a gente não "chegou à conclusão de fazer um evento assim"... O evento começou pequeno há 22 anos atrás.
RW: Sim.
Renato Opitz: Então nós estamos na 22ª edição e o evento foi crescendo ao longo do tempo. Ele foi sendo desenvolvido e foi crescendo junto com o mercado.
Renato Opitz: Exatamente! A Holambra na verdade surgiu através desse movimento cooperativista. Em 1948, quando os primeiros imigrantes chegaram aqui. E foi com esse intuito - eles se juntaram, desenvolveram todas as atividades, dentro da cooperativa. Assim a cooperativa foi que sempre cuidou de tudo. Esse "trabalho associativo" sempre foi muito forte, aqui. Então pode-se dizer que é um exemplo para outras regiões - não só de produtores. Mas de outros grupos que podem tentar seguir "um objetivo em comum".
RW: No começo deve ter sido muito difícil. Como é que foi isso de início?
RW: Isso é uma realidade, porque as pessoas ocupadas são as que, efetivamente, estão se destinando aos seus objetivos. Quais são os objetivos, as próximas metas para o futuro?
RW: O que é muito importante! Pois hoje em dia nota-se que o ser humano vai "esfriando" as relações. Conforme previsto biblicamente, que haveria um tempo em que se esfriaria os sentimentos do ser humano. Há muitos que já estão com essa tendência nos dias atuais. Manter essa preocupação é o que nos mostra o rumo a seguir. O nortear do nosso trabalho de Equipe Wolff, e que exatamente buscamos, opiniões como a do senhor. Esse nortear - como é que consegue manter esse cunho de humanismo numa época em que as pessoas estão muito "objetivistas". De que forma manter isso - e despertar o interesse e a vocação dos jovens?
Renato Opitz: Muito menos! Antigamente eles eram muito mais unidos. Porque sem a possibilidade de comunicação, era muito mais fácil eles se manterem unidos. Hoje a gente percebe que isso já não existe mais.
RW: Senhor Renato, que mensagem o senhor nos dá para um futuro vindouro em relação ao cooperativismo e à Holambra? E esses eventos todos realizados aqui?
RW: A Nestlé, Suíça, um dos exemplos de potência no mundo, é exatamente que tem muito a ver com a Holanda no quesito de derivados do leite. Há interesse na fabricação desse tipo de produtos também?
produtora de flores e de produtos de horticultura. Existem outras colônias holandesas, principalmente do Estado do Paraná, que cuidam mais da produção de leite e laticínios. Então isso seria, talvez, mais para o interesse das outras colônias.
RW: Entendi. Agora, que mensagem de vida o senhor dá para os jovens que querem despertar para a área agrícola, para que despertem com maior intensidade suas vocações?
Renato Opitz: Mais do que falar, o melhor exemplo é visitar uma feira como esta. Quero dizer, é o maior estímulo, onde as pessoas vêm, e mantêm contato, e onde são lançadas novas tecnologias, têm negócios. Então esse ambiente aqui contrasta, na verdade, até com a realidade que nosso país está vivendo. Enquanto na TV a gente só ouve falar de problemas, de crise, de violência, isso acaba contaminando e deprimindo toda essa nova geração que está vindo. Enquanto isso, paralelamente, e sem interferência do governo - existe todo um mundo que está vivendo, gerando, investindo, criando emprego, gerando renda - e que está com muito espaço para progredir. A melhor coisa a fazer, é vir numa feira dessas, que aqui voltam as iniciativas e a vontade de investir e progredir cada vez mais!
RW: A Equipe Wolff agradece e nós nos sentimos honrados pela entrevista do senhor. E respeitando o seu tempo, agradecemos muito sua gentileza. Obrigado!
Renato Opitz: Ok. Tchau, tchau. Foi um prazer conversar.
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