Juventude solidária na UFV

Estudantes do Departamento de Química realizam ação solidária com uma campanha de doação de alimentos. Nota-se que a campanha foi um sucesso! De longe vê-se que estão alvoroçados, alegres. Há em todos, o brilho no olhar de devoção ao ideal. Eles querem nos dar entrevista. E contar sobre esta realização.
Reinaldo se aproxima e quer saber: Quem é o representante do grupo? Uma voz feminina, modulada num ritmo suave responde: todos nós!


RW: Então quem quer falar?

Alguém propõe: Primeiro vamos tirar uma foto do grupo!

Vocês me passam o seu telefone? A gente manda o nome de todos e as informações certinhas. - Uma voz masculina forte, também modulada num sotaque inesperadamente caloroso. Penso: sou carioca apreciando a doçura de temperamento deste povo mineiro...
RW: Aquele sorriso bonito! – A máquina vai registrando o momento.
Vejo aqueles rostos lustrosos, de jovens – sonhadores? Realizando sonhos, melhor dizendo. Eles estão ativos no objetivo de um projeto de obra social. Digo: Reinaldo, quem sabe vai junto tirar a foto?
Ele sorri: Está bem vamos tirar foto junto com os amigos.
Passa motos, ronco de motores, carros entram velozes nas poucas vagas do estacionamento. O fim de tarde movimentado à frente do Supermercado Escola.
RW: Agora podem ver nossas entrevistas na mídia Equipe Wolff.
MW: Falem um pouquinho sobre o trabalho de vocês.
Aquela voz vibrante soa: “Então”...

RW: Seu nome?

Caio. Eu sou o diretor de Recursos Humanos do Centro Acadêmico de Química da UFV. O trabalho social aqui é mais uma forma que nós procuramos, a partir dos Recursos Humanos, para interagir mais! Não só dentro do Centro Acadêmico, o objetivo é levar mais humanização lá fora da UFV. A gente, em RH, trabalha muito isso: humanização. Então pensamos assim: Porque não expandimos esse conceito? Surgiu a ideia de estar dentro da UFV, conscientizando a ação solidária. O nosso trabalho além de acadêmico, representando os estudantes de Química, é também estar trazendo um bem-estar. Não só para quem é estudante da Química, mas para todos, inclusive moradores de Viçosa – que estes são os nossos alvos.
RW: Mas entre os próprios estudantes há pessoas que estão na faixa se nível A, mas tem pessoas com nível mais simples, mais humilde – estariam também na faixa de carência, isso poderia ser visto também!
Caio: Concordo, sempre! O nosso objetivo primeiro, com o CA, é sempre prioritariamente ajudar os estudantes. O CA é um órgão que está representando os estudantes! Essa ação social, por exemplo, deste ano – é a primeira. A gente faz sempre que possível! A ideia é do conjunto – sempre parte do conjunto. Recursos Humanos propõem: Ah! Vamos fazer uma ação social, alguma coisa assim, a gente pode ajudar muito mais, aqui fora da UFV.
MW: É uma iniciativa muito boa!
Caio: A partir desse princípio: sempre, qualquer decisão do Centro Acadêmico – sentamos, conversamos com toda a  diretoria, e eles implementam!
RW: E como está sendo para vocês o estudo de Química? O que você sente de mais interessante no estudo dessa área?
Caio: Para mim, no meu estágio, é o prazer de estar explicando alguma coisa, estar mostrando alguma coisa da Química para as pessoas – que já chega com um olhar diferente! Geralmente a gente fala de Química para uma pessoa, e ela diz: ah! Não gosto... É poder explicar para as pessoas a Química (do nosso jeito, que a gente gosta). E depois poder ver o sorriso das pessoas: “Nossa, que bonito esse estudo”! Como ela é, do jeito que a gente sente esse estudo, e poder comunicar assim, esse gosto de estudos, para as outras pessoas!

Química de hoje, Alquimia de ontem?


RW: O que mais me chamou a atenção, sem exagero, ao longo de muitos anos de minha vida, foi uma reportagem que fizeram na TV, a respeito de Flamel! Era um químico - só que ele também adentrou pelos estudos da Alquimia... Ele descobriu algo que evita o envelhecimento do ser humano. E fórmulas de transformar metais em ouro! O que tanto parece verídico este relato, que hospitais foram construídos na Inglaterra, proveniente desse potencial financeiro. Foi exaustivamente demonstrado de serem estes relatos verdadeiros... penso que se for verdade, é uma prova viva de que, no geral, até que ponto as pessoas não conhecem o potencial dos estudos de Química.
Caio: E quando “conhecem”, já olham com preconceito, assim... (ele sorri, enquanto comenta rápido) e muita gente já não gosta (de Alquimia).
RW: O que disseram sobre Flamel é verdade ou fantasia?
Caio: Não conheço a história da Alquimia... e todos já olham com olhar de preconceito, para a Alquimia, que geralmente é sempre citado assim: “uns caras que eram uns loucos, que tentavam transformar tudo em ouro. (Agora o sorriso é um riso, acompanhado de outros risos bem rápidos, para não serem indelicados, talvez). Enfim, não tenho conhecimento de Alquimia, ou sobre ele mesmo, para poder falar.
RW: Está bem, compreendo. Com os votos de sucesso aqui da Equipe Wolff. Agradecemos muito a atenção de vocês, de nos prestigiarem com esta entrevista.
Caio: Agradeço muito, a vocês de se importarem com nosso trabalho. Com certeza será um modo de alcançar mais as pessoas. E, quem sabe? Estender mais ainda nosso projeto social! Vamos divulgar muito!

Do grupo animado abordando as pessoas que chegam ao Mercado Escola, uma moça ao nosso lado presta viva atenção ao diálogo. Reinaldo pergunta: Agora dê por favor suas opiniões?
Ela se afasta do grupo focalizando mais a atenção.
RW: O que você acha sobre a Química e até que ponto teria um alcance... Que mexa com as pessoas de uma forma direta, socialmente, na vida, nesse sentido?
Meu nome é Jessica do Carmo Diniz, o meu curso é Licenciatura em Química. Eu trabalho no projeto PMDI. Este projeto me proporcionou ter muito contato com a escola. Coisa que a gente tem o estágio, mas para o contato com as pessoas, não é tanto quando é através desse projeto. Eu vejo assim: a escola hoje em dia está bem difícil. (O burburinho do fim de tarde à porta do mercado interrompe aquele fio de raciocínio. Ou a emoção de lembrar todas as mudanças que ocorrem na vida, ao ingressar na UFV?) Volta-se ao momento em aula e revela: Tem muitas coisas da Química, interessantes para as pessoas saberem. “Como funciona o sabão? Porque o sabão limpa a sujeira?” – Essas coisas! Isso a gente consegue falar na escola. Penso que é importante fazer esses tipos de questões para os jovens no Ensino Médio. E no entanto, tudo isso que motivaria ao estudo Química, não é muito frequente ser comentado em aula. Na escola é só passado o conteúdo, e sem explicar muito como que a Química é importante!
RW: Vocês da Química planejaram algum curso para a Semana do Fazendeiro?
Jessica: O Centro Acadêmico, não, por enquanto.
RW: E não é interessante para vocês essa ideia que aqui proponho?
Jessica: Ah! Sim!
RW: Talvez para o próximo ano.
Jessica: Sim. Podemos levar essa proposição para o pessoal do Centro Acadêmico... É. Seria interessante... é verdade!





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