Inteligências do líder

Howard Gardner, psicólogo americano - texto de Martha Wolff com base em artigo na Revista Showroom - maio de 2006 - da ASSOBRAV

Ser líder é saber contar uma boa história


Gardner diz: são 9 inteligências coexistindo no líder.

1) Lingüística: produção de linguagem, contar histórias, raciocínio abstrato, pensamento simbólico. É a inteligência do escritor, do professor...
2) Lógico: Matemática - capacidade de reconhecer padrões, discernir, ver conexões. É a inteligência do cientista...
3) Musical: reconhecimento de padrões tonais, sensibilidade para ritmo. É a inteligência do músico, do dançarino...
4) Espacial: visualização, habilidade de criar imagens mentais. O sentido da visão. É a inteligência do pintor, do artista plástico, do web-designer...
5) Corporal: cinestésica - movimento físico, córtex cerebral, usar o corpo para expressar emoção (é o “aprender-fazendo”). É a inteligência do ator...
6) Interpessoal: relacionamentos, habilidade de trabalhar em equipe (capacidade e habilidade de entender o humor, temperamento e motivações das pessoas). É a inteligência do locutor, do administrador...
7) Intrapessoal: estados interiores, acerca da própria consciência. É a inteligência do psicólogo, do pedagogo...
8) Naturalista: entender a natureza. É a inteligência do ecologista, do engenheiro florestal, do geólogo...
9) Existencial: filosofia, ocultismo, religiosidade. É a inteligência do filósofo, do parapsicólogo, do teólogo.

Agir com inteligência pressupõe metas e valores


Quem é um líder? “Se você conseguir mudar o pensamento das pessoas, automaticamente o comportamento delas mudará”, segundo o psicólogo americano.

O principal veículo da liderança é saber contar uma boa estória

A estória mais influente é a de identidade individual ou grupal. “Um líder é aquele que afeta profundamente as idéias, sentimentos, comportamentos de outras pessoas. Exerce a liderança por 2 maneiras: pelas histórias que contam e pela maneira que conduzem a própria vida.
Histórias são veículos dramáticos, têm protagonistas, metas, obstáculos.
Mas não basta contar muito bem uma história. Os líderes praticam o que pregam.
A história tem que ser boa - mas não pode ser aceita indiscriminadamente, sem ser posta à prova.
As histórias têm de enfrentar e, no final, suplantar as resistências.

Histórias são vetores de mudanças


Tudo exposto de uma forma razoável, objetiva, sistemática.
Argumentação variada, envolvente.

É mais fácil ocorrer mudança de mentalidade nas seguintes condições: 1- Em ambiente novo, cercado de iguais que pensam diferente (uma Universidade, por exemplo). 2- Ao passar por uma difícil experiência ou episódio (separação, novo emprego, mudança de endereço, alguma perda). 3- Ou: quando encontram uma personalidade luminosa.
Entretanto...
Pessoas que: a) cultivam uma só idéia por muito tempo; b) defendem em público suas idéias e estão emocionalmente envolvidas - são estas as mais difíceis de mudar de opinião (ou de ser influenciada a mudar).
As mensagens de mudança têm de ser: a) planejadas, b) estudadas, c) comunicadas com eficiência.

O que é necessário para obter uma influencia de mudança de mentalidade?


1) Ser um bom comunicador.
2) Conhecer o perfil do ouvinte.
3) Fazer uma abordagem certa sobre o que se vai expor.

A mudança de mentalidade é atitude coletiva gradual, lenta.
As pessoas têm comportamentos e crenças arraigadas.
Mesmo quando querem mudar, têm a tendência de voltar a agir como antes... Até que os novos pensamentos fiquem tão arraigados quanto os pensamentos anteriores. Isso é um fato inconsciente. 

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