Rosas de Friburgo - Poesia de Anna Wolff
Mil fulgurações matinais
Envolvem o botão adormecido
Espreguiçando seu caule umedecido
Pelas gotas do orvalho casuais...
Cada pétala tão pura que se estenda
São pensamentos de Deus em oferenda
Nas rosas brancas – doçura imaculada
Vida eterna em cada uma renovada
Meu Deus! Nesta hora esquecida
Que os poentes, estão só esperando
Mais uma límpida rosa oferecida
Quero devolver-lhe num abraço soluçando!
Quero aguardar o despertar de uma a uma
Juntá-las num gesto comovido,
Sentir toda a paz que vem em cada uma
Confessar-me neste abraço estremecido!
Senhor! Eu amo tanto e já nem sei!
Que ao ofertar-lhe a rosa branca maculei
Tornei-as ardentes, rubras de amor
Porejei-as com minha dor...
Voltem a florir rosas brancas da madrugada!
No silêncio de uma hora mais perfumada!
Senhor! Eu amo tanto e já nem sei!
Quero num abraço tresloucado,
Beijar o solo ainda orvalhado,
Abençoando Friburgo tão querida,
Matriz de rosas – minha vida!
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