A ÁGUA E O PETRÓLEO
Itaboraí é uma cidade que até o nome está ligado à água. “Itaboraí”,
palavra tupi, pedra bonita escondida na água. A Fonte Carioca, na praça
principal, foi erguida em 1845, por ordem da Câmara Municipal. Foi por muito
tempo o principal abastecimento de água potável da região. E eu questiono: a
água de Itaboraí é um manancial de água mineral?
A cidade tem clima tropical, chuvoso no
verão e seco no inverno. Com temperatura média de 25ºC. Eu disse “média”,
porque há dias que você chega a imaginar que o calor é de deserto. Muito
próximo de 50ºC. E no “fresquinho” do inverno, já é muito colocar uma blusa de
manga comprida. É uma região bonita. Com altitude de 50 metros, com matas nas
encostas. Os mangues e brejos são remanescentes das matas devastadas pela
exploração de madeira para obter carvão. O tipo de terra é ideal para cerâmica.
E estes mangues estão nos rios Macacu e Guaxindiba, que desembocam na Baía de
Guanabara. É um cenário que em séculos anteriores bem parece ter sido o de
Iracema (José de Alencar). Imagine que águas cristalinas corriam nestes rios,
antes navegáveis. E que eram de grande importância para a região. Hoje temos
fatos inacreditáveis como o que se relata sobre a mineração pertencente ao
cimento Mauá. Parece que alcançaram a profundidade do solo freático, e teria
isso ocasionado no belíssimo lago. É uma história incrível que ainda vou querer
investigar melhor e contar pra vocês. O que chama atenção: estamos numa região
das águas. Bem poderia ser criado aqui banhos termais curativos, assim como já
houve em Friburgo. Seriam estes mananciais tão ou mais preciosos no futuro, do
que o hoje valioso petróleo?
Equipe Wolff apresenta: Você é muito importante para nós.
Reinaldo Wolff entrevista JOSÉ ALEXANDRE RODRIGUEZ
Empresário destacado, de origem espanhola, tem posto de gasolina no
principal ponto da cidade. Durante muitos anos tem fornecido água para a região
em caminhões pipa. Recentemente entrou para o mercado imobiliário com ótima
qualidade de produto. É totalmente bem sucedido em todos esses setores. Tem uma
família unida nos ideais. E é exatamente sobre estes conceitos de família que
dá aos demais incríveis ensinamentos e o segredo de como manter um
empreendimento familiar dando certo.
Ele é um ser humano simples e comunicativo. A seguir nesta entrevista
exclusiva:
Reinaldo Wolff: Este é um vale privilegiado pela água muito boa. É
mineral?
Alexandre Rodriguez: A água que a gente vende é água muito boa,
mas a água mineral vem de região mais profunda.
RW: Será que só a Coca-Cola sabe que aqui tem água mineral?
Alexandre Rodriguez: Creio que não. Apesar de que a Água Pedra Bonita
pertence ao grupo Coca-Cola. Acredito que a água é boa de verdade.
RW: Seu trabalho possibilita ver de perto o crescimento desta região. É
isso mesmo? A região está se desenvolvendo?
Alexandre Rodriguez: Sim, muito. A
qualidade de vida está caindo, mas para os negócios é bom. Onde tem muita
gente, tem mais dinheiro pra gastar. A qualidade de vida não está boa, não.
Falta infraestrutura. A começar pelo trânsito.
RW: Dizem que contemplar a água é meditar. Você já sentiu alguma vez
alguma percepção?
Alexandre Rodriguez: Eu não, mas minha mulher sim. Minha mulher é
perceptiva.
A água é tudo. Sem água boa não se vive, né? Precisamos preservar este
bem valioso que a gente tem. E não é renovável.
RW: Que fato pitoresco pode contar sobre este seu tipo de atividade.
Alexandre Rodriguez: O que me marcou muito até hoje (isto já faz alguns
anos, mas me marcou). Foi chegar num bairro pobre, além de Rio Várzea. Eles não
tinham água. Um garotinho vem perto de mim e diz: “Oi, graças a Deus, depois de
3 dias um banho!”. Eles não tinham água. Estavam sem água.
É uma coisa muito boa trabalhar com este ramo de água. Traz alegria para
as pessoas, entendeu?
RW: O que o levou a ter dois tipos de negócios – o natural, a água – e
posto de gasolina?
Alexandre Rodriguez: Meu pai sempre me ensinou, “Você não pode nunca se
pendurar num galho só, porque se um galho se quebrar – você vai cair no chão.
Se você se pendurar em dois galhos, quando um galho quebrar, você tem o outro e
se segura!”
A vida inteira nós tivemos, “nunca um negócio só!”. E isso realmente é
verdade – você não pode apostar numa coisa só. De repente fica ruim e aí você
tem outra coisa para se manter.
RW: Desde pequeno seu filho é o seu fiel companheiro?
Alexandre Rodriguez: Isso.
RW: Como conseguiu este tipo de participação do jovem? O que aconselha
aos pais sobre esta possibilidade, fazer do filho seu companheiro?
Alexandre Rodriguez: É confiança. Participação em tudo. Não excluir o
filho de nada. Ir junto. Muita conversa. E ensinar as coisas boas. Graças a
Deus, até aqui está dando certo! Vamos ver depois com a adolescência. A
pré-adolescência, ele já está. Mas continua muito companheiro, muito amigo. É
você conversando com ele sobre tudo. Tudo que precisa conversar, sendo filho
homem, é mais fácil para um pai poder conversar, do que se fosse uma menina.
RW: Nascer e viver numa cidade em que todos se conhecem, faz ter bons
amigos?
Alexandre Rodriguez: Sim.
RW: O que você mais preza na amizade?
Alexandre Rodriguez: Sinceridade é muito bom! Porque as vezes você tem
um amigo que não é sincero a você. A sinceridade é muito importante na amizade,
para ambas as partes. E o respeito também. Por alguns, é admiração também.
RW: O que tem de bom no setor imobiliário da região?
Alexandre Rodriguez: Valorizou muito. Não sei até quando. E se essa
valorização é real ou fictícia.
RW: Gostaria de estar em outro lugar com outro tipo de vida?
Alexandre Rodriguez: Tem hora que eu penso “Vou para a Espanha. Morar na
Espanha”. Mas não tenho coragem não. Aqui eu nasci e aqui eu vou viver. Mesmo
com este trânsito que está aí. Mesmo com tudo isto.
RW: O que quer dizer de recado para a cidade de Friburgo?
Alexandre Rodriguez: Friburgo é linda.
Desde criança, sempre meus passeios de domingo era Friburgo. Ir a Friburgo era
uma festa! Ou era passeio de “ir à praia” - ou era “ir para Friburgo”. Muito
bom Friburgo!!
Quanto ao que aconteceu em Friburgo em 2011, é aprender a lição. Pensar
e prever. Não foi a primeira nem será a última vez que aconteceu.
RW: O que pode ser feito?
Alexandre Rodriguez: O que pode ser feito é... O que aconteceu? Aquela
tromba d'água não escoou a água direito. E o que fazer? Não construir onde não
se possa construir. Não construir nas ribanceiras. E principalmente, os rios se
manterem limpos. E não acreditar que acabou, não! Porque pode acontecer de
novo. Então que aquele povo esteja preparado.
RW: Quais seus planos a seguir? Tem vontade de largar tudo e curtir só
férias?
Alexandre Rodriguez: Acho que não me acostumaria.
RW: Ou mais vale a vida trabalhando?
Acho que uma pessoa que consegue largar tudo e parar de trabalhar... a
vida depois se torna monótona. O trabalho faz parte da vida – e faz falta.
Renova a pessoa. Renova e dignifica. //
A equipe Wolff agradece a sua entrevista!!
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Percepção – Ciência para acordar o milênio © Ana Maria Wolff
A percepção de futuro de acordo com o método escrito por Ana Maria Wolff,
revela sobre José Alexandre Rodriguez: é esforçado, prudente, leal, devoto. Ao
observar seu ritmo natural, ele verá que: terça-feira é o dia ideal para
oportunidades e relacionamentos com política, assuntos que exijam diplomacia.
Quarta-feira é o dia ideal para o gosto de viajar. Segunda-feira é perfeito
para o relax físico, o melhor dia para descansar.
“É um momento da vida que desperta emoções boas. Intenção de natureza
amigável, temperamento espontâneo. Como se a vida lhe dissesse – É tao simples ser
feliz. Basta compartilhar a alegria. Momento de não pensar em problemas. Porque
quando pensa só em problemas, está em baixa sintonia e energia.
A prosperidade vem pelo conhecimento profundo da serenidade. Mantendo a
consciência de sua missão. E o sincero desejo de evolução. É preciso o querer
continuado. Trabalhar a mente na introspecção, meditação. E os caminhos se
fazem claros, luminosos e batizados por João Batista”. //
Texto elaborado por Martha Wolff.
Entrevista realizada em: 06 de junho de 2012
Fotos e edição por Arthur Wolff
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