Laurentino Gomes, veja aqui a resposta do enigma que você propõe em seu livro “1889”
A viagem de Dom Pedro II no exílio à Portugal foi de
intenso frio. Saindo do Rio de Janeiro em noite chuvosa – não levou agasalhos, nem
sapatos adequados. No navio, a família imperial não recebeu condições básicas para se aquecer. Em Portugal o frio era arrasador para a sua condição de diabético.
E quanto à Imperatriz, resultou ser fulminante... ela “se foi” em dezembro.
Menos de um mês após o duro golpe que derrubou o Império.
E o que fez Dom Pedro II após tantos sofrimentos sucessivos?
No livro de Laurentino Gomes “1889”, ele se refere a
um enigma até hoje, para historiadores e estudiosos para a Proclamação da
República:
"Porque diante das evidências desse levante político, o Imperador permaneceu inerte?"
Não é verdade que ele “permaneceu inerte”.
Ele simplesmente considerava que o sistema de governo
poderia mudar, por uma questão de “adequar-se à modernidade”. Mas que “ele se
manteria a frente do Poder, porque sabia sentir-se amado pelo povo brasileiro.”
“Como um Imperador foi envenenado, um Marechal foi injustiçado... para efetivar-se uma revolução longamente planejada.”
Consta no diário de Dom Pedro II, caderno 32, que ele verteu para o Latim, em 1890, certos trechos do Velho Testamento: "Cântico dos Cânticos", "Isaías", "Lamentações", "Job". E no transcorrer do tempo, traduziu para o português os poemas de Longfellow, poemas de Manzoni, episódios da Divina Comédia de Dante, tradução feita do Italiano. E do Grego, a tradução de O Prometeu Acorrentado, do escritor Ésquilo, muitas e muitas poesias do Francês, por exemplo, Sully-Prudhomme, François Coppée, inclusive Victor Hugo. Livro editado em 1932 "Poesias Completas de Dom Pedro II", Editora Guanabara.
Texto e pesquisa de Martha Wolff
Fotos Vitória Wolff
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