Reflexões sobre Economia - O curso
Equipe Wolff entrevista:
Diz Maria Cristina
Amorim, professora da PUC/SP, num encontro de professores/CORECOM/SP: “Há no
momento o acirramento geral da competição, tanto para as empresas, como para a
mão de obra qualificada. Noto alterações no mercado de trabalho: são contratos
mais flexíveis. Exigem flexibilidade e eficácia na solução de problemas, tanto
do tipo administrativos, financeiros, técnicos, políticos. O profissional
sênior não é assalariado, é consultor.
E o que este mercado de
trabalho quer?
Busca o indivíduo com
formação multidisciplinar que o capacite a ter uma “visão sistêmica” de todos
esses setores citados acima. O acirramento da competição tem como causa
mudanças muito profundas no mundo dos conhecimentos. Por exemplo, na Física,
novas teorias e descobertas. Na Computação, novas descobertas e equipamentos
que permitem revolução nos conceitos.
Como isso se reflete nas
empresas?
A tendência é: implodem
os departamentos das empresas com os especialistas. Há uma reestrutura em todo
o enfoque dos negócios.
Qual o objetivo hoje?
É construir um novo modo
de pensar. É encontrar um padrão de análise que considere a totalidade do
objeto em estudo (seja um período da Economia, ou, as dificuldades de uma
empresa).
O economista tem que ter
uma visão de conjunto.
O objetivo é produzir modelos
de intervenção de alta resolução.
Qual a solução para o
economista?
A minha sugestão é, em
primeiro lugar, o economista se capacitar para gerir o negócio (seja qual for o
segmento, serviços, bens de consumo). Criar o produto, vendê-lo, gerenciá-lo.
A segunda possibilidade
é: capacitar-se para trabalhar com equipes, conteúdos, ambos
multidisciplinares.
A terceira hipótese é o
economista reunir em um modelo eficaz, as contribuições dos
diversos ramos do conhecimento.
Resumindo, o que se
espera do profissional economista é que ele seja um generalista.
O que vem a ser um
generalista?
Os requisitos são:
alcançar um intenso suporte de informações, para ser capaz de reflexão
política, histórica e de teoria econômica. O economista tem que ter habilidade
na utilização das tecnologias e novos métodos.
É saber sincronizar no
debate atual sobre economia e política para obter as ferramentas de
intervenções na empresa. O economista tem que buscar o debate para entender os
cientistas políticos, os psicólogos, os filósofos da comunicação tanto quanto
aos administradores. É assim que ele saberá orientar para a solução de
problemas. Sejam teóricos ou práticos. Soluções voltadas para a experiência ou
área de trabalho pretendida.
*Matéria originalmente publicada em 20 de dezembro de 2012 - atualizada.
*Matéria originalmente publicada em 20 de dezembro de 2012 - atualizada.
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