Equipe Wolff apresenta - Astrônomo mestre em Semiótica
Domingos
Jorge Bulgarelli, que responde:
Qual a origem
do sistema solar?
(Perspicillium, 7 - Fundação Planetária da
Cidade)
Primeiro,
começa a distinguir planetas e estrelas - e descreve o nosso planeta como sendo
centro do Universo. Com as descobertas de Copérnico, Kepler, Galileu, descobre
que a Terra é mais um planeta em torno do Sol. Então, a partir daí surge a
questão: Existem outros sistemas planetários?
A primeira
teoria sobre a formação do Sistema Solar é proposta por Renée Descartes, 1740,
ele “antevê” que o Sistema Solar deveria ter tido origem em uma nebulosa
primitiva. E o que seria esta nebulosa? Seria uma nuvem de hidrogênio. Porque
hidrogênio? É o elemento químico mais abundante na nossa galáxia, e em todo o
Universo. Essas nuvens de hidrogênio são as nebulosas, origem das estrelas.
Hoje
sabe-se - nossa galáxia, Via Láctea, tem cerca de 150 bilhões de estrelas. E várias
nebulosas tipo planetárias, que já foram formadas a partir da morte de outras
estrelas. E o que é uma estrela? É como se fosse uma fornalha nuclear
transformando elementos químicos. Queimam hidrogênio, transformam em hélio, que
depois se transforma em carbono.
E o Big
Bang? Se houve mesmo o Big Bang, a origem do Universo, não se sabe ainda. O que
se sabe, as estrelas formadas originaram os elementos mais pesados: ferro,
níquel, cobalto, cromo. A primeira geração dessas estrelas não deveria ter
planetas, assim, só existiam os elementos mais leves. É depois do final da
morte dessas estrelas que foram cunhados os elementos mais pesados. Juntos, vão
formar uma nebulosa, já com a origem dos planetas.
Até 1993,
acreditávamos que nossa galáxia fosse um espiral. Em janeiro de 94, novas
descobertas fazem perceber: é sim uma espiral barrada. Como assim? Tem um
núcleo central, duas barras diametralmente opostas e braços saem dessas barras.
Conclusão: nós ainda estamos aprendendo sobre nossas galáxias.
A Terra
situa-se a 33 mil anos-luz do centro da galáxia, em sua periferia, “no braço do
Perseu”. Um ano-luz é 10 trilhões de quilômetros.
Nossa
galáxia tem 100 mil anos-luz.
O sol tem
4,5 bilhões de anos. É um jovem sol que deu apenas 25 voltas em torno do centro
da galáxia.
As
nebulosas já têm um certo movimento de rotação. No Universo, nada está parado.
Tudo está em movimento. Que aceleram a contração gravitacional do núcleo. Até
uma pressão tão grande, que o sol começou a brilhar.
Além de
toda radiação luminosa que o Sol enviou para o espaço, enviou também - vento
solar. O sistema solar interno são os planetas terrestres: Mercúrio, Vênus,
Terra, Marte. Os exteriores são os planetas gasosos: Júpiter, Saturno, Urano, e
Netuno.
Plutão é
caso à parte.
Nossas
teorias não explicam porque Vênus tem movimento de rotação? Todos os movimentos
dos planetas são iguais, de Oeste para Leste. Porque Vênus gira ao contrário?
Nossas
teorias não explicam - porque o eixo de inclinação de Urano é 90°? Se a Terra,
e os outros planetas, é de 23°? É como se ele girasse “deitado”, em relação à
Terra.
As leis da
Física não preconizam: o que é este “movimento angular” que todo o mundo circular
possui?
Observações
desses últimos 10 anos levam à teoria que “isso depende da massa da nebulosa
primitiva”. Quer dizer: depende da composição química dessa nebulosa.
Resumo: o
nosso sistema planetário originou-se de uma nebulosa primitiva, seguida de uma
contração. Essa formação aconteceu há 5 bilhões de anos atrás. No Universo tudo
está em movimento, nascem, crescem e se desenvolvem e vão ter um final também.
//
(Resumo por
MW).
Fotos
meramente ilustrativas
Fotos e
editoração gráfica: Vitória Wolff.
Assessoria
de internet: Arthur Wolff.
*Matéria originalmente publicada em 25 de dezembro de 2012 - atualizada.
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