As pressões emocionais na convivência
São muitas
temporadas de vitória no vôlei de praia, a dupla Juliana e Larissa. Perguntaram
a elas no último jogo da dupla - domingo, 9/12/12 - “Só faltou o Ouro não é?”.
“Sim”,
responde Juliana, “enfrentar o adversário - é preciso muita coragem. Agora
imagine ter primeiro que suportar a pressão e as cobranças dela, para ainda ter
coragem de enfrentar o adversário. Foi sempre muito difícil”.
Estranho,
Larissa - a exigente - é a primeira que vai desistir de prosseguir...
Também a
dupla de cantores Kleiton e Kledir - comentam na televisão sobre esta questão
de cobrança de um para o outro. Um irmão não suporta os atrasos e o modo mais
livre de encarar os compromissos agendados. E diz: “Reconheço que não devia ser
tão impertinente e rigoroso. Mas não suporto que atrase. A vida toda tive que
esperar por ele”.
Observe que o mais “cobrativo” já está quase calvo.
Algumas pessoas e suas armas emocionais de autoproteção
Vamos
considerar aqui, dois mecanismos de autodefesa, negação e o controle.
A negação -
para não enfrentar fatos sobre “quem somos, o que pensamos, o que sentimos”.
Porque não se ajustam à imagem idealizada. A negação para ignorar informações
com as quais não queremos lidar. É uma recusa em reconhecer a realidade, no
nível do que está realmente acontecendo e no nível do sentimento. Porque não
quer ser excluída do círculo de aceitação, afeição, atividade.
E o
controle - devido a essas emoções fortes serem os sentimentos que teria que
enfrentar, se ela permitisse. Essa é a origem de querer controlar as pessoas e
os acontecimentos ao seu redor. Controlando o que se passa, essa pessoa tenta
criar para si mesma, uma sensação de segurança. É normal qualquer pessoa
passando por uma situação desagradável, procurar ter controle sobre si mesmo.
Essa reação natural torna-se exagerada quando ela quer exercer este controle
nas pessoas que convivem com ela e que ela ama.
Não é fácil
lançar dúvidas sobre o tipo do comportamento “ser bom”. Esforços para ajudar,
podem ser também interpretados como tentativa inconsciente de controlar a
situação:
1) Quando
fazemos pela outra pessoa o que ela pode fazer por si própria.
2) Quando
planejamos o futuro de outra pessoa ou sua atividade diária.
3) Instigamos.
4) Aconselhamos.
5) Lembramos.
6) Advertimos.
7) Persuadimos.
8) quando
não conseguimos tolerar a consequência dos seus atos e assim tentamos mudá-los
ou impedir seus desatinos.
A prática
da negação e a do controle, seja qual for o nome, não enriquece a vida e os
relacionamentos.
Aceitação -
é a disponibilidade de perceber o que é a realidade e permitir que ela atue sem
necessidade de mudá-la ao nosso jeito. Não é apenas a manipulação das condições
exteriores ou das pessoas.
"Aceitação
vem do desenvolvimento da paz interior, diante dos desafios da convivência." Diz a escritora Ana Maria Wolff.
// Resumo MW.
*Matéria originalmente publicada em 7 de janeiro de 2013 - atualizada.
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