A Missão de Paz do Batalhão Brasileiro em 1957/58 - contada por Darcy Duarte Rosa

Missão na Faixa de Gaza, nos anos de 1957/1958 que propiciou a concessão, pela ONU, do Prêmio Nobel da Paz em 1988 - por proposta do Parlamento da Noruega.

CREDIBILIDADE EM NÓS MESMOS


Resumo da notícia, página 9. Jornal LIG. - nº1522 de julho de 2005.
Morador de Niterói há 30 anos, Darcy Duarte Rosa, hoje escritor, 77 anos, viu “nascer a Faixa de Gaza”. Participante da Primeira Missão das Organizações das Nações Unidas na região, que até hoje é o ponto nefrálgico entre árabes e judeus.
Um jovem com ideais de paz, ansioso por conhecer outras culturas. Ele fez parte do batalhão de 500 militares brasileiros que se juntaram aos 6 mil de outros nove países. Eles ficaram ao longo de uma divisa (Demarcation Line), hoje conhecida como Faixa de Gaza: a fronteira entre Egito e Israel. "Nossa missão era de paz, tínhamos que evitar o trânsito de pessoas entre os dois países. Ficamos em território neutro dentro do Egito, e não podíamos ir ao território israelense, nem tomar partido". Lembra-se do clima e da tensão: "os tiros de exercícios de guerra do exército israelense rompiam o silêncio das noites geladas. Contraste com o terrível calor do dia. Só a oscilação de temperatura já fazia detonar, espontaneamente, minas terrestres por todos os lados. E o pior desafio eram as tempestades de areia que duravam até 3 dias. E chegavam como uma imensa nuvem preta, a tomar conta de tudo, emperrava as armas, entrava nas roupas e até na nossa comida.
Por outro lado, a desafiar o equilíbrio, eles se deparavam com uma eufórica vida noturna da capital Egípcia. A terra da dança do ventre, música proveniente de instrumentos musicais semelhantes aos usados desde a época dos Faraós. Ele logo percebe "o povo árabe é muito sofrido, mas apesar das dificuldades, é muito festivo".
Ele só deixou o Egito em 1958. Ao voltar ele trouxe muito mais do que lembranças. Trouxe uma certeza: "Lá nós aprendemos a dar valor ao povo brasileiro. Nós somos criativos, inteligente, um povo que não deixa nada a dever a qualquer outro. Os batalhões de outros países daquela Missão de Paz cansaram de copiar ideias lançadas pelo nosso Batalhão. O Comandante em 1957 era o Cel. Iracílio Ivo de Figueiredo Pessoa".

A missão da ONU conseguiu manter a paz durante 10 anos, enquanto lá estava o Batalhão Brasileiro.


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