ROSEMAR ALVES participa do Projeto A Voz do Povo, com sua entrevista à Equipe Wolff
Porque a senhora acha que seu
filho nasceu com o paladar refinado?
Ele só gosta de comida muito
chique! Lasanha... A carne só pode ser rosbife... E ele não toma refrigerante
porque faz mal, engorda, dá celulite. Faz muito mal ao organismo. Só toma suco
de frutas...
Pra gente – pobre – o que é mais
prático? Refrigerante, arroz e feijão, bife, batata frita...
E a parte da música?
A música clássica? Só ouve música
clássica, mas não sei por quê! Ele sabe tocar teclado, e o pai é baixista.
Ele compõe?
Não. Ele não gosta muito não, mas
ele ganhou um teclado quando era adolescente e toca – tem uns dedinhos bons!
Ele aprendeu por conta própria?
Sozinho. Vai lá e fica tocando. E
ele fica trancado no quarto e não sai do quarto. Ele não sai nunca. É uma luta
para tirar ele de dentro de casa. Agora que ele começou a fazer faculdade.
Mas ele não sai por causa da
internet ou por causa da música?
Não. Porque ele gosta de ficar em
casa. Ele gosta de ler. Mas na hora de encarar o mundo, cadê que ele encara o
mundo? Ele está com 22 anos. Ele deveria ir trabalhar. Aqui tem uma aula de
luta, aí eu falei para ele e ele queria, mas cadê a disposição de vim?
A senhora deveria colocar ele num
esporte, porque aí tem a participação. O vôlei ensina a pessoa a trabalhar em
equipe... Ele dá o senso de grupo. É fantástico o vôlei. É altamente
instrutivo. Dá sentido de liderança e também de participação. Então o esporte
vai levar ele a gostar da vida ativa.
É... E por exemplo, chega uma
visita lá em casa e se ele estiver no quarto – ele continua no quarto. Eu chamo
– “Jean, vem falar com fulano que chegou”. Aí ele vai lá na sala, fala com todo
mundo, aperta a mão de todo mundo e volta pro quarto.
Então, ele precisa encontrar
afinidades. Essa parte de isolamento é muito perigosa, ainda mais jovem.
É,
tem essa parte do isolamento e não quer sair.Continua na parte 2.
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