A hora e a vez de Minas Gerais
O recente concurso de Miss Brasil,
pela primeira vez, foi evento em Minas Gerais. E mostrou diferentes aspectos de
Belo Horizonte – todos com surpreendente progresso.
Despertou curiosidade imediata – É bom morar em BH?
Fomos em busca de resposta. O que
primeiro descobrimos: entre as cidades da Copa – as que estarão em risco de
excesso de oferta hoteleira são Manaus, Salvador e... BH! (Pesquisa da
HotelInvest “Placar da Hotelaria 2015”. Durante o Fórum de Operadores
Hoteleiros do Brasil.
Raciocínio: “Se o risco é excesso
de oferta hoteleira em 2015, será ótima oportunidade para quem quer viajar para
BH naquela época”... como nós!
Surge a pergunta – “É perigoso morar em BH no período de enchente?”.
A seguir verificamos “Qual o risco
geológico/geotécnico de BH?”.
A Biblioteca Digital da UFMG nos
traz a tese de mestrado de Luciane Castro Campos, com aprovação unânime dos
professores, em 07/04/2011. Ela apresenta o seu “Programa Estrutural de Áreas
de Risco”. Considera que as análises anteriores não servem porque estão sem
parâmetros definidos. E aqui nesta pesquisa, mostra os indicadores. Eles são
úteis para qualquer pessoa que queira se mudar para regiões de montanhas!
O que verificar?
Você tem que verificar os
potencializadores de risco.
E quais são?
Diz Luciane Castro: “Sempre observe
a altura do talude (ribanceira), e o afastamento deste em relação à edificação.
E observe se há outros fatores agravantes”.
Vamos pensar – e quais são?
Luciane revela: “A concentração de
água pluvial é o principal agente potencializador. Em resumo – os agentes
agravantes são: água, esgoto, lixo, entulho, bananeiras”.
Então, quando procurar um local de
montanhas para morar, observe o seguinte: “Os locais de maior risco apresentam
quais sinais?”. Guarde bem na sua memória, não vai ser difícil porque parece
óbvio: “São os locais onde existe predisposição a escorregamentos, trincas no
solo, trincas no muro, trincas na construção”.
Está bem, D. Luciane Castro,
entendi! Tanto que comecei a observar que em Itaboraí, a cidade do COMPERJ, tem
tudo isso!
Mas continuando o estudo de BH, não
sei porque me lembrei de BNH – o sistema de construção popular, muito em voga
em 1970.
A pesquisadora continua com seus
dados técnicos. E percebo que BH tem, sim, forte influência advinda do BNH. E porque?
É só saber que BH tem 208 vilas/favelas/assentamentos irregulares, e/ou
conjuntos habitacionais mal construídos. Área urbana de quase 170 quilômetros
quadrados. E os 471 mil habitantes desta área, representam apenas 20% do total
efetivo da população. Quer dizer que estes 80% são aqueles que estão nas tais
áreas de maior risco.
Conforme a doutora nos indicou, a
vontade é de sair correndo! Porém, recebemos uma revista atualizada do
CREA/Minas, revolucionando os conceitos administrativos municipais para o
Estado de Minas, dentro dos mais modernos sistemas administrativos. Quer dizer,
Minas está se preparando efetivamente para crescer em todos os aspectos. Está
certo o convite do governador, no Concurso das Misses: “Bem vindo à Minas
Gerais!”.
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