A novela do petróleo – em capítulos

A.     A primeira vez da pesquisa IQM – 1998 – Itaboraí foi cotada como um dos municípios de maior pobreza do RJ – em 68º lugar. Com os preparativos da vinda do COMPERJ, já em 2005, saltou para a 46º na colocação.
O IQM é calculado pelos quesitos: Dinamismo da economia, localização vantajosa, riqueza e potencial de consumo, infraestrutura para grandes empreendimentos, cidadania. São 92 municípios monitorados pelo IQM, no Estado.
Em maio de 2006, 12 pessoas em comitiva para a Petrobrás vêm reunir-se com o Prefeito de Itaboraí, para tratar das desapropriações, reformar o Plano Diretor e compor um grupo de trabalho para agilizar o projeto. Nessa época, o prefeito calcula as indenizações de 15 milhões de reais. (Fonte: Jornal Livre).

B.     O diretor de Gás e Energia da Petrobrás, diz ao Jornal O Globo: “A partir de 2000 a Petrobrás se transformou em uma empresa de energia. Passou a atuar no setor de biodiesel. E está se preparando para o futuro, construindo uma trajetória tripla – atuar na área biocombustível com desenvolvimento científico, tecnológico e responsabilidade social”. Nota-se que a empresa não quer ficar apenas compradora de produção. A produção industrial de biodiesel com três projetos: Quixadá (Ceará), Candeias (Bahia), Montes Claros (Minas Gerais). São usinas com capacidade de 44 mil toneladas ao ano. Guamaré, Rio Grande do Norte, em 2005 começa a produzir. É outra unidade que vai produzir combustível diretamente da semente. O cultivo de oleaginosas, para produção, gera emprego e renda, a mais de 5 mil famílias no Rio Grande do Norte. A empresa desenvolve pesquisa em tecnologia para o padrão de excelência das especificações técnicas da ANP.

C.     Em 5 de abril de 2008, o Presidente Lula vem à Itaboraí dar início simbólico às obras de terraplanagem do COMPERJ, chega acompanhado da então Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do Governador Sérgio Cabral, e o Presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, além de 11 prefeitos dos municípios integrantes do Consórcio CONLESTE. As obras preveem movimentar 45 milhões de metros cúbicos de terra, mais de 600 máquinas, orçamento inicial de 15 bilhões de reais. Objetivo: alcançar a capacidade de processamento de 150 mil barris de petróleo por dia. Diz o Presidente da Petrobrás nesse momento: “O COMPERJ usará uma tecnologia única no mundo, aproveitando esse Petróleo pesado para produzir diretamente os derivados petroquímicos”. E diz ainda: “É com muito orgulho que estamos iniciando esta obra gigantesca. O COMPERJ será 7 vezes maior que a Refinaria de Duque de Caxias. Muitos ainda não têm noção da grandeza dessa obra. (Referência: Folha da Terra, 5/04/2008).
Lula ainda alerta: “Os prefeitos dos municípios envolvidos com o empreendimento, devem dar atenção com a infraestrutura de suas cidades, para evitar favelização”.
A seguir descerra a placa de inauguração da obra.

D.     Os intocáveis do Governo Dilma – segundo o colunista J. Jerônimo, Jornal do Commercio, 10 de março de 2011. Sérgio Gabrielli e Guilherme Estrela.
Gabrielli iniciou o Governo Lula como diretor, e ainda no primeiro mandato, já presidia a Petrobrás. E Guilherme Estrela alcança o comando de uma das maiores diretorias da empresa, a de exploração e produção. Na entrevista de Edemir Pinto ao Jornal do Commercio, ele diz: “O Brasil vive um momento importante no mercado de capitais. A partir de 2007 tivemos um ‘boom!’ não só em quantidade de aberturas de capital, mas de volume financeiro”. Apesar da crise internacional daquele ano.
O projeto da BOVESPA de popularização do mercado de capitais, tem base em dois pilares. 1) Educação financeira, levar conhecimento ao pequeno investidor. 2) Ter no país estabilidade macroeconômica.


Continua em:


*Matéria originalmente publicada em 28 de junho de 2013 - atualizada.

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