Paulo Fernando de Medeiros Dias em entrevista exclusiva à Equipe Wolff


RW: Nosso amigo Fernando. Amigo há mais de 39 anos, praticamente já é um irmão – Dificilmente alguém tem uma amizade tão longa! E para nós é uma honra ter um amigo como você, que é um músico de grande qualidade. É um compositor dos mais sensíveis. Fernando, como tem sido sua vida como artista, violonista e produtor musical?
Fernando Dias: Bem, atualmente eu trabalho com MPB, eu canto nos hotéis 4 e 5 estrelas. Tenho uma formação clássica. Cinco anos de violão que eu pude estudar! Estudo guitarra, improvisação. Toco Jazz, Bossa Nova, abrangendo a MPB e Música Clássica. Então isso me abriu um leque para composição. Criatividade. Jingles. Canções.
RW: Como foi a emoção de tocar junto a uma orquestra. Ainda mais de improviso - em Nova Friburgo?
Fernando Dias: Olha - é um conhecimento, não é? A pessoa vem e põe uma partitura na sua frente, "você tem que fazer isto, o acorde é esse". E vamos partir para a intuição - que é o famoso "charme"! A orquestra tocando - e aí me vem a criatividade. É você "embelezar" o que está mais belo! Aí é que vem a experiência de você ter conhecido Harmonia. É conhecer os instrumentos. Respeitar os instrumentos que estão sendo tocados e ter a consciência que tem uma banda tocando, são várias pessoas tocando. Tem que fazer aquilo que tem que ser respeitado. Na hora que está tocando o violão solo, ele tem que soar - você tem que se destacar no solo. E quando você estiver fazendo a harmonia a pessoa que estiver solando, o saxofonista, ou outro, é você também ficar inspirado para tocar. Essa é a ideia!
RW: E a emoção de compor?
Fernando Dias: A emoção é difícil explicar, porque a ideia vem, você sente e bate aquela felicidade, como se fosse sentir a Essência Divina dentro da gente. A Essência de Deus chegando na gente!
RW: Há um lado esotérico nisso?
Fernando Dias: Si, é o lado esotérico da criatividade!
RW: E como você distingue o seu estilo de música?
Fernando Dias: Olha, não tenho um estilo de música. Por exemplo: se você vier com o pedido de uma canção, "eu quero uma música de reggae"... eu vou fazer um reggae para você. Se você quiser um tema que abrange um clássico - eu vou ter que pensar em clássico!

RW: É poli criativo?
Fernando Dias: Sim, poli criativo é a palavra certa.
RW: E como tem sido a sua interação com outros músicos?
Fernando Dias: A intenção de ir ao mais longe, quer dizer, buscar o desconhecido, buscar o que eu ainda não sei ... Eu sempre pesquiso. À medida que você vai descobrindo, vai abrindo essas "gavetas" do inconsciente, você vai tendo uma amplitude de compor cada vez melhor! Porque a música, em si , as sete notas. Se você pensar em raiz quadrada ... não tem fim. E a medida que você vai conhecendo harmonia, o leque vai abrindo, e a inspiração vai chegando. Esse que é "o chegar", esse que é "o longe".
RW: Quer dizer que há uma profunda ligação entre o que é esotérico e a música? Esse universo inteiramente numérico e musical - há uma profunda reflexão em relação com Deus, não é?
Fernando Dias: Com certeza absoluta!
RW: E você sente que está desempenhando a sua missão de vida?
Fernando Dias: Sim!
RW: E o que lhe inspira mais?
Fernando Dias: O que me inspira? O que acontece ao meu redor! As amizades, o sentimento que você tem pelas pessoas. O amor à natureza. Isso tudo! Todas as pessoas que envolvem, principalmente, os amigos!
RW: Qual a sua visão para o futuro?
Fernando Dias: A visão é continuar estudando cada vez mais, abrindo mais gavetas da inteligência, onde possa buscar mais, na música...
RW: Você já pensou em editar algum livro na área musical?
Fernando Dias: Já.
RW: Excelente proposta é editar um livro, não é? Livro dá sempre muito bom resultado! Recentemente entrevistamos o senhor dono da Livraria Gutemberg, de Niterói, e ele disse que "não mudou da água para o vinho, mudou da água para o champanhe"! Isso significa que ele quer dizer "sinal verde" para um bom entendedor! Porque há um campo muito promissor nessa área. Então aí está a sugestão da Equipe Wolff para o nosso amigo de longa data, Fernando. E quais são os próximos eventos e realizações que você pretende fazer como músico?
Fernando Dias: É esse projeto das orações, musicas, a obra da mestra, da líder espiritual Ana Maria Wolff.
RW: Isso sempre traz reflexos para a sociedade, não é?
Fernando Dias: Com certeza!
RW: Com os votos de que esses reflexos sejam para melhor.
Fernando Dias: Vai ajudar muita gente!
RW: Que seja para melhorar o dia a dia. Porque o mundo está caminhando para uma esfera de grande violência. Está na hora de haver muita paz na mente das pessoas. E a musica educa as emoções.
Fernando Dias: Não só educa. Vai despertar Deus dentro das pessoas.
RW: Traz a espiritualidade?
Fernando Dias: Eu entendo que esse "dom" vem de Deus!
RW: Sim.
Fernando Dias: E se você não faz, não executa, não pratica a música, vai ser uma pessoa frustrada. Um conselho aqui do Fernando para o leitor que está lendo essa nossa entrevista - quem tem o "dom" procure desenvolver. É uma missão para você! Conheço casos de pessoas que tocavam e pararam para fazer outra coisa. Hoje eu chego para conversar e eles choram quando me vêm tocar o violão. Eles queriam ser melhor ou igual a mim.
RW: É meio difícil ser igual. Porque você tem um dom ímpar! Mas um bom músico acredito que as pessoas possam ser.
Fernando Dias: Cada um tem um estilo diferente. E às vezes a pessoa é boa naquilo que faz, em música.
RW: Não é que ninguém possa ser superado nesta vida, todos podem fazer algo que- sempre terá um desafio. O ser humano tem sempre alguém tentando fazer melhor. Mas eu penso que... neste caso, não. Tenho certeza que neste caso, não. Como você mesmo disse - cada um de nós tem uma missão na vida. E a missão de cada um, é cada um. E cabe a cada um desempenhar a sua missão. Por isso que não haverá como outro possa fazer a mesma missão. A cada um está incumbida uma missão na qual Deus, através do Seu Desígnio. Aí ele será realmente feliz. Por que enquanto ele usar só o Livre Arbítrio para o que bem quiser, sem procurar "ouvir" a missão do Desígnio. Assim como o médico ausculta o paciente, é o ser humano procurar ouvir a voz de Deus em si. É o procurar o motivo, que é o Desígnio, exatamente como você falou. E pergunto - diante de tanto sentimento bonito, o que vai ser para as novas gerações? Qual a mensagem de vida que você passa para eles?
Fernando Dias: Mensagem de otimismo, tem que ser, não é? É... ser você mesmo o tempo todo! Mas também ouvir os outros mestres da música. Até mesmo alguém que não tem instrução, tem alguma coisa a dizer. Às vezes a pessoa não tem muita instrução, mas tem um aprendizado! Eu conheço pessoas que tem o dom, mas não conhece música, na teoria mas toca um violão tão bem que você se espanta! Então, Deus se manifesta dessa maneira.
RW: E como é que foi sua trajetória de vida, até chegar a esse ponto de ápice de estudos do violão. Essa luta que verdadeiramente é a carreira de músico?
Fernando Dias: Tudo foi com o estudo do violão clássico quando conheci harmonia. Foi assim que se sucedeu.
RW: E você tem tocado em diversos lugares, até numa plataforma marítima. Como foi a emoção de estar na plataforma para um auditório tão inesperado como este?
Fernando Dias: Aconteceu que eu estava num hotel da Região Serrana e tinha uma comitiva da plataforma lá hospedado. E como eu ouvia muito Beatles, Rolling Stones - anos 60 eu fazia "cover" de John Lennon, Bob Dylan. E eles eram - não digo fanáticos por Beatles, mas que gostavam muito de ouvir esse estilo. E um deles veio me dizer "Nosso patrão vai querer levar você na plataforma para tocar - eu não sabia o que era - eu pedi até um preço lá em cima, pensando que eles não iam me chamar.
Ouvi histórias de helicóptero caindo de vez em quando. Eles me disseram "Tal dia você tem que estar lá". E fui para uma gincana antidepressiva, para amenizar aquelas pessoas que ficavam 15 dias na plataforma, e eles se revezavam. Mas eles tinham problema de depressão. A pessoa não fala, mas muitos tinham que ser até retirados da plataforma. Muitos iam porque o dinheiro era bom, mas não suportavam a solidão e entravam em depressão. Então, quando cheguei lá tocando essas músicas, tinha até um pessoal da Argentina, e comecei a tocar. O Bruno, um dos patrões, pediu "Você vai tocar Beatles? Leva um repertório de Beatles, quero ouvir você tocar". Dali entrei a fazer eventos para a Petrobrás. Já fui em eventos da Petrobrás 5 anos. Foi uma coisa maravilhosa, porque é difícil alguém entrar ali para fazer isso. Realmente eles já têm as pessoas de lá, eu entrei com simplicidade e não sei como explicar mas acontece quando você está tocando o violão, quando você está cantando.
RW: É próprio de quem tem a sensibilidade. Agora... isto não te deixou triste? Ver a depressão de outras pessoas?
Fernando Dias: Eu encaro isso do seguinte modo - como aprendizado. Tristeza e alegria você vai viver sempre! O que a gente a gente tem que se esforçar é com bom aprendizado, oração.
RW: Se agarrar com Deus!
Fernando Dias: É se apegar com Deus, não tem outra solução! E ouvir os amigos, que possam também passar essa mensagem para a gente!
RW: Parabenizo o meu amigo - é de uma longa data essa amizade, mais uma vez, muito obrigado. Equipe Wolff agradece.
Fernando Dias: Mister Wolff!

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