UFOS
Equipe Wolff apresenta - Crônica
- Aquele
que escuta este relato, acredita. Vossa Excelência gostais de ouvir de
sobrenatural?
- Desde que
não possa haver dúvida sobre a origem da estória. Quem acredita, vê.
- Creio
estarmos certos de ter presenciado este episódio, também.
- Conte lá,
apressa-te!
- Hei de
convencer a todos presentes. Os fatos são intocáveis, ponto por ponto - falei
alto para que todos ouvissem. Ditas estas palavras, o presidente sentou-se e me
ouviu com atenção. Não era pessoa de se aborrecer por pouco.
Falei: - A
luz solar já terminava e o carro descia a serra velozmente. Com a janela
semi-aberta o ar campestre sacudia os cabelos e aquela estrela também.
- Tu
perdestes o juízo?
- Estais
zombando de mim? Ninguém ouviu bem o que disse! - alguém fez um aparte.
- Nós
próprios concordamos que soa um disparate. Mas foi o que vi. Bem à minha frente
aquela estrela não tinha trajetória definida. Fique onde está - ordenei
mentalmente. Acabei de conversar com um UFOS. Pois seja quem for, ou o que
for... A estrela-coisa parou. Bem à minha frente, diante de minha janela. Você
veio aqui para quê? - pensei atrevidamente. E a estrela pairou bem mais alto,
num rumo caótico para meu senso lógico. Quem chegou? Quero saber quem chegou. E
aquele ponto de interrogação terminou como uma estrela cadente. Meu foco de luz
sumiu nas trevas da serra que se alongava pelas curvas estreitas da estrada
Friburgo/RJ.
- Todos te
estimam muito para desacreditar-te... - o presidente fez um senão.
- Dá-se
razão a ti. Também ouvi dizer que a serra é habitada por intergalácticos se
aclimatando à Terra - comentou outro lá.
- Vós
deveis prestar atenção, nada mais fácil de verificar também. A região é cercada
desses boatos, a todos os lados - finalizei minha estória ao presidente.
E de
repente o que parecia uma platéia atenta, tornou-se uma intensa balburdia.
Todos perceberam que tinham experiências de casos assim para contar.
Terminada a
reunião nosso grupo decide voltar nessa mesma noite. A longa e tortuosa estrada
de Brasília, deserta naquele fim de noite me fez perder a noção do tempo. Ao
raiar dos primeiros albores da madrugada, acordo com uma risadinha abafada. O
motorista me diz: - O que me fez passar a noite acordado, sem pregar o olho,
foi ficar espreitando aquela estrela, que pareceu estar brincando de pegar. Bem
ali. - e aponto para um facho luminoso que foi esmaecendo com o róseo da manhã,
até sumir no horizonte. // MW.
*Matéria originalmente publicada em 27 de dezembro de 2012 - atualizada.
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