Solidão Não
SOLIDÃO - livro de Françoise Dolto
As primeiras vivências radicais: o parto e o
desmame.
Há duas formas de reagir:
- Construtiva - aprende a se mover, tenta uma comunicação à distância, tenta dominar o espaço.
- Silencia a comunicação com um fetiche (chupeta, ou chupando o dedo), e se isola do mundo. A experiência de estar só tem gosto amargo. E, se muitas vezes repetido, torna um adulto hostil e amargurado.
A capacidade de enfrentar a solidão vem desde
a primeira infância, e de como a mãe lida com o bebê: se a mãe conversa
com o filho ele tende a enfrentar bem a solidão.
Já aos 2 anos: deixar a criança só (não
no isolamento). Respeitando sua solidão aparentemente desocupada é
indispensável para não ser um adulto “robô” dos outros. Os pais são os mestres
da vida - as crianças deveriam ser ensinadas a jamais confundir amor com
dependência.
No adolescente: o desequilíbrio é
retraimento solitário, alternado com atitudes provocantes de conflito. Neste
caso, a solidão é uma perigosa fuga para o adolescente. Poderia ser
interpretada, a causa, como sendo a intensidade emocional da atração sexual e o
medo de ser ridículo, leva ao sentimento de culpa em família, por qualquer
desejo sexual.
Fatores, resumindo:
- Sensação do abandono dos bebês;
- A reclusão agressiva dos adolescentes;
- A sensação de perda numa separação.
Solução:
A criatividade intelectual ou artística
transforma a solidão em experiência construtiva, em busca de comunicação.
Conclusão:
A solidão do adulto só existe quando ele perde
as figuras dos seus pais dentro de si. Não tem a sensação de continuidade.
Sente só.
Dica da Equipe Wolff:
Mas se a pessoa desempenhar um papel protetor
para alguém, deixará de se sentir só.
Essa é a nossa mensagem de fim de ano. Não se
sinta só. Sinta só amor pelas pessoas.
*Matéria originalmente publicada em 14 de dezembro de 2012 - atualizada
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