Colégio Estadual Agrícola José Soares Júnior

DIRETORA ISABELA MARIA SIGGELKAN DE ALMEIDA

Em entrevista exclusiva à Equipe Wolff

Projeto "Você é muito importante para nós!"


Do lado de fora há um discreto letreiro sobre um muro cinza. Abre-se um portão. A agitação dos alunos revela a participação intensa de todos. É dia de apresentar os seus trabalhos de pesquisa.
A portaria nos indica "A sala da diretora é ali". Estamos chegando às 11:00 horas. O jornalista Reinaldo diz "Um pouco avançado no horário", e com bom humor acrescenta, "mas ainda é de manhã"".
Aproximando-nos da sala, antevejo pilhas de pastas, planilhas, e livros. É uma pequena sala, mas reflete intenso trabalho. Passa por nós o compenetrado professor Roberto, que também nos prometeu entrevista. Ele está com interessantes projetos para a escola, alguns dos quais queremos divulgar aos nossos leitores. Ele explica, pausado, voz bem inflexionada "Estou entrando em aula agora. Termino na hora do almoço". A referência faz-nos aguçar os sentidos
- para mim soa inédito a ideia de um cheirinho de comida apetitosa em escola. Imaginei que merenda escolar seria alguma coisa assim... tipo sem tempero... Logo descobrimos que é uma cozinha de alto nível e planejamento de nutricionistas.


A seguir, a visão esplendida do jardim, a escola impecavelmente limpa - surpreendendo em tudo. E eu ainda nem sonho por descobrir o que vem a seguir. A diretora nos inunda com um fervilhante descortinar de novos projetos e de intensas atividades. Venha, vamos descobrir juntos todas essas notícias.

Educação dentro do conceito "Verdade, Sinceridade e Autenticidade".


Reinaldo Wolff: Professora, bom dia, como vai a senhora, tudo bem? Vamos começar a entrevista?
Ela pausa, um pouco perplexa: "Puxa!"
MW: É uma alegria estar aqui. Encontrei uma escola encantadora...
Ela nos convida a sentar explicando: Realmente, hoje é um dia bem corrido. A gente tem que entregar uma "prestação de contas" na 2ª feira e amanha é "sábado letivo". Tem aula amanhã para toda a escola. É uma programação com o professor da UFF que vem fazer uma palestra sobre agro-ecologia.
MW: Ah, ninguém pode faltar. É interessantíssimo! Percebi ser muito movimentada a programação da escola, com esse "objetivo de viajar", e isso me impressionou bastante!
Professora Isabela: É um pouquinho fora dos padrões tradicionais.
MW: Parece ser totalmente voltada para a vida prática. Penso ser este o objetivo do que as pessoas estão mais querendo, quando são da vida rural.
Professora Isabela: É que a Secretaria de Educação, hoje, enxerga as escolas de outra forma. Eles estão mudando todo o sistema - porque o aluno que vem para a escola no período da manhã - no período da tarde fica "solto". Aí pai e mãe estão trabalhando, e geralmente não tem ninguém em casa. Ele acaba tomando rumos não desejáveis! E aí a Secretaria de Educação está implementando um projeto que eles chamam de "Dupla Escola". Em que o aluno vai entrar às 7hs da manhã e vai sair às 5hs da tarde. Ele vai ter as disciplinas do ensino regular e outras disciplinas, línguas.
RW: Isso vai iniciar imediatamente?
Professora Isabela: Na verdade, o projeto começou há uns 4 anos atrás. Já existem várias escolas no Estado que "trabalham" com Educação profissional. Por exemplo, em Columbandê, onde tinha a CCPL, os alunos tem a parte de laticínios, gastronomia.
MW: Olha que interessante!
Professora Isabela: É, tem escolas voltadas para o turismo, tem escola bilíngue. Em Niterói tem uma escola de francês.
MW: Nossa, quantas novidades!
Professora Isabela: Eles vão trabalhar com sistema S, o SESI e o Senac, e mais , o FIRJAN, também. Todos vão colocar cursos de Qualificação Profissional para os alunos. Tudo integrado com o ensino médio.
RW: É o curso de idiomas do Senac?
Professora Isabela: Cada escola vai ser totalmente voltada para um idioma. Francês, ou inglês, o aluno então vai terminar o ensino médio dentro dessa escola com a especialização. Isso é feito através de parcerias com outros países. No caso aí é da França. Tem outra escola com chinês, vai ter português- inglês. É através de parcerias com Universidades. Alguns parceiros na área de Produção. Por exemplo: a escola de São Gonçalo vai ter parceria com o Pão de Açúcar. Então, neste caso, os alunos quando terminam o curso, eles são colocados no mercado de trabalho.
MW: Isso parece realmente efervescente!
Professora Isabela: Sim. O Secretário de Educação é formado na área de Economia. Sendo economista, tem uma visão diferente de um professor. É uma visão da estrutura - de "como fazer funcionar", "o porquê determinadas coisas acontecem". Trabalha com estatística, levantamentos. E, quando implanta um projeto, antes vai fazer uma pesquisa - qual o problema? Quem está causando? O porquê ocorre? Com que frequência? A seguir lança um projeto direcionado à solução daquele tipo de problema detectado. Não lança um "projeto solto". Ele vai fazer alguma coisa em função do problema que está acontecendo na Educação. Para solucionar aquele problema em específico. Assim, reestruturando também toda a Secretaria de Educação! De acordo com as competências. As habilidades e competências. Os cargos - as pessoas estão fazendo concursos internos para estarem atuando naquela função. Hoje, até o Sub-secretário de Educação também tem que fazer um concurso para estar ali naquela função.
RW: Interessante...
Professora Isabela: O único que ficou cargo de indicação é o do Secretário. Todos ,os outros cargos - diretor, diretor adjunto, coordenador pedagógico, orientador pedagógico, secretário da escola - todas estas pessoas fizeram concursos. São concursos internos, nesse momento para estarem naquela função. Tem que ter habilidade e competência para aquela função. Estruturou tudo! De modo que está "amarrado legalmente", através de legislações, para que aquilo possa ocorrer sempre daquela forma! Não é "mudar o governo e aí muda a política". Porque aí mudou o governo, e cada um faz do jeito que quer. A gente avança e retrocede. Então, isso é que não vai ocorrer.
RW: Parece tudo que fizeram é muito certo. Estão de parabéns!
Professora Isabela: É, o governo do Secretário Wilson Risolini, o trabalho dele, foi muito produtivo...
RW: Agora professora - que ligação isso tudo tem com a Emater?
Professora Isabela: Bom... A Emater tem ligação com o Projeto que o MEC implementa. O Ministério implementa. Pecuária e Abastecimento para que o produtor seja mantido na sua área de produção. E aí a gente tem que utilizar 30% da verba de merenda para a compra de produtos da Agricultura Familiar.
RW: Certo...
Professora Isabela: E esse projeto - essa lei - já está em vigor desde 2009. Então, a Emater está ligada à Secretaria, ao Ministério, à Secretaria de Educação - através desses projetos de aquisição de merenda da Agricultura Familiar.
RW: E a ligação com a Secretaria Municipal de Agricultura?
Professora Isabela: Bom, a Secretaria Municipal Agricultura, a gente tem uma relação próxima, porque a escola é voltada para a agropecuária. A gente busca a parceria para que os alunos possam fazer algum estágio, visitar. Está havendo uma troca: quando eles precisam de alguma coisa eles vem até aqui - ou a gente vai até lá, então assim se dá a parceria.
RW: Como a senhora vê a situação desta escola para a região de Itaboraí, e circunvizinhanças?
Professora Isabela: Partindo desse ponto do incentivo à agricultura familiar - como Itaboraí, ela era uma cidade essencialmente agrícola, hoje com a situação do Comperj, está mudando isso. Mas o pequeno produtor precisa de apoio. Então a escola trabalha junto com a Secretaria de Agricultura, em apoio a esses produtores.
RW: Eu pude observar que a Universidade Federal de Viçosa, vai ofertar cursos. Um dos cursos ofertados é sobre o manancial de águas. A senhora não vê como possibilidade muito séria deste lixão prejudicar o manancial de água do Município? Sendo a escola um dos mantenedores desta Unidade de Viçosa, aqui?
Professora Isabela: Bom... Quando os alunos vão até Viçosa, a principal finalidade é que eles tenham uma visão diferenciada do agronegócio, da agricultura. Porque os cursos tem uma variedade imensa de perspectivas! Desde a parte agro-ecológica, conservação de energia, água, das áreas floresta e mata... Mas eles também são voltados para o agronegócio. Porque a produção agrícola tem uma dependência. A alimentação da população é completamente dependente da produção. Se você não produzir  em larga escala, você não vai ter produção. Então vai chegar um momento que alguém vai ficar sem comida! A população vem crescendo há muito tempo. Quando à Universidade - a gente tem essa inter-relação de ideias, para que os alunos tenham uma visão maior.
RW: Não vai aqui nenhuma intenção de apor críticas.
Professora Isabela: Porque a maioria do alunos, em algum momento, nem saiu daqui de Itaboraí. No máximo vai à Niterói, São Gonçalo. Mas nunca saiu do Estado. Alguns alunos nunca tiveram essa visão diferenciada. Então, tem essa finalidade. E tem a finalidade de aumentar a inteiração. O contato e inteiração entre os próprios alunos. O módulo I e o módulo II já está aqui e a gente quer estabelecer uma relação de companheirismo entre os alunos.
MW: Futuramente serão até sócios, associados, cooperados. Porque estabeleceu o elo de entendimento dentro do objetivo...
RW: Propicia, pelo menos , a possibilidade para isto.
Professora Isabela: É. Com relação à implantação desse Aterro Sanitário, foi implantado assim muito... é... não foi muito divulgado. Eu moro na região. Quando já estava nas vésperas de começarem as obras, é que as pessoas começaram a ter consciência (ou ciência mesmo) de que este projeto seria implantado ali! Não sei dizer que tipo de estudo de impacto ambiental foi feito para se colocar isto!
RW: A minha pergunta, não é para ser desrespeitoso quanto às pessoas daqui. Sei que são do mais alto nível. A professora é de alto nível intelectual. E nós estamos tratando esse assunto, não para criticar, mas sim, pela preocupação ecológica. Sabe-se que há ali um manancial, no subsolo!
Professora Isabela: A verdade - penso que toda essa coisa tinha que ser feita diferente. Primeiro, tem-se que dar destino ao lixo. Reciclar o material. Reduzir a produção de lixo - ao mínimo! Para que não tenha que se fazer um aterro sanitário. Só a parte orgânica chegar lá - todo o restante reciclado - é assim que deveria ser!
MW: Essa consciência ecológica para as pessoas que querem fazer agronegócio, é interessante. Dar essa consciência para o fazendeiro, e o agricultor. Dentro do seu ambiente rural, saber destinar o lixo.
Professora Isabela: O fato é esse, tudo indica que ninguém pensou na parte ambiental quando colocaram esse aterro nesta região. Mas de qualquer jeito, se você pensar "Comperj", como é que eles vão colocar isso aqui e não produzir impacto? E a gente depende do "Petróleo".
RW: Sabe que... a maior riqueza não é o "petróleo"! O petróleo está acabando, em todo o Planeta. A maior riqueza é a "água"!
Professora Isabela: E todos sabem disso! Tem uma reportagem aqui num destes sites, falando que estão implementando a utilização de veículo com outros tipos de combustível, para poder deixar de utilizar petróleo. Em relação ao aterro sanitário - espero que na hora que eles implantaram aquilo ali, eles tenham pensado nos mananciais...
RW: Professora, mudando agora o foco do assunto, nos diga - como está a conjuntura deste agronegócio aqui nesta cidade em relação ao país, esse nosso Brasil?
Professora Isabela: Na cidade - as pessoas estão começando a olhar Itaboraí de outra forma. Porque Itaboraí... era escondidinha no mapa. Então era uma cidade que tinha o pior desempenho de qualidade de vida do Brasil, há uns 4 anos atrás. Era o pior! Não sei como ele foi medido, mas estava lá! E hoje existe o interesse de empresas de investir em Itaboraí. Mas eu não saberia lhe dizer como anda isso! Porque eles esbarram por alguns problemas políticos que dominam a região - e que vai determinar quem pode e quem não pode vir para cá.
RW: Agora, nos fale sobre a sua pessoa - a professora Isabela - para conhecermos a sua trajetória de vida. Como fez para desenvolver o seu sentido profissional? Sobre a sua carreira, nos diga um pouco, por gentileza!
Professora Isabela: Bom... eu sou formada em Biologia. Terminei em 1984. Terminei de fazer Biologia e vim para Itaboraí criar rã, em 1985. Criar um ranário aqui... E aí não deu muito certo... a sociedade - e não me refiro à criação. Aí voltei para a universidade e fui fazer Zootecnia. Morei também em Santa Maria, Rio Grande do Sul, e estudei lá. Depois eu retornei, fui concluir o curso na Universidade Federal. Eu comecei aqui, fui pra lá, retornei. Meu esposo era militar, foi servir lá, retornou e concluí o curso aqui... E dois anos depois eu vim morar em Itaboraí e fiz concurso público para professora. Acabei ficando na Rede. Trabalhando com Biologia, e não com Zootecnia. Tanto que em 2002 essa escola compartilhou o prédio com o Ciep 426, que foi quando a gente veio conhecer a essência da escola. O quadro de professores, na época, estava completo. Em 2002, eles tiraram o ensino médio da escola. Porque ela compartilhava o prédio com uma escola de ensino médio e dava muito conflito. E os alunos "Vamos entrar na escola agrícola ou no Ciep?". Então a Secretaria tirou o ensino médio da escola agrícola. E aí, posteriormente houve uma troca de unidade - de prédio. O Estado deixou de trabalhar com o ensino de 1ª a 4ª. E eu comecei a dar aula na escola com o Regime de Lotação Prioritária (que é temporário), quando conheci a escola. E como ela perdeu esses professores, ela perdeu também alguns professores do ensino técnico. Em 2006 eu trouxe uma matrícula para cá. Em 2008, a outra matrícula.
RW: O que é GLP?
Professora Isabela: Gratificação por Lotação Prioritária. Seria hora extra. Coloca um professor com carga horária extra para suprir um outro professor. Porque a gente é concursado 16 horas, dá 12 horas em sala de aula, 4 horas de planejamento. E 12 horas numa semana que se tem 40 horas para se trabalhar... é muito pouco! Então você tem condições de dobrar essa carga horária. Como tenho duas matrículas... sem problemas. Eu comecei a trabalhar aqui/lá - com 48 tempos de aula! Mas aí vim para cá! Em 2009, a direção da escola trocou, foi embora - fizeram opção para ir para Rio das Ostras! E a antiga coordenação regional de Itaboraí me convidou para assumir a direção da Escola, com uma das minhas matrículas. E eu assumi! Desde o ano passado estou fazendo o curso de pós-graduação dentro da "Gestão de Educação".
RW: Como a senhora sente a sua liderança, em relação ao ambiente do setor agrícola?
Professora Isabela: A gente tem um bom relacionamento com as Secretarias e a secretaria aqui da escola. A gente faz uma troca com a Emater, a Secretaria de Agricultura. A escola atende os produtores, fazendo análise de solo, orientando, auxiliando no que pode! Os produtores daqui consultam a escola - a gente faz análise de solo. E quanto ao Engenheiro Agrônomo da Emater, José Geraldo - está sempre com a escola, ele faz palestras. Tem um trabalho também de divulgação da Emater aqui dentro, através de ações que a gente faz aqui, de projetos.
RW: Sim.
MW: A Emater, vejo que está muito atuante. É diferente do que era antes...
Professora Isabela: A Emater ainda é limitada, porque tem que estar sempre ligada à Secretaria de Agricultura do Município. Não são autônomos. Não conseguem fazer um trabalho individual - Emater. Se ela não trabalhar junto com a Secretaria, não funciona.
RW: Porque?
Professora Isabela: Ela não funciona. Porque não tem veículos próprios e combustível. Tudo isso é provido, tem que ser provido pela Secretaria de Agricultura.
RW: Professora, é sempre importante a questão do exemplo. Quando a gente faz algo bem feito, acaba se tornando um exemplo para outras pessoas. Eu acredito que isso possa ter influenciado também pessoas de sua família. Mais alguém quis seguir seu ramo de atividade?
Professora Isabela: É... só eu. Uma das minhas irmãs é Arquiteta. A outra é Química. E as minhas filhas - uma está fazendo Educação Física e a outra está fazendo Design de Moda!
RW: Cada uma seguiu a própria vocação.
Professora Isabela: Isso! Eu sempre estimulei minhas filhas a seguir a vocação delas.
RW: Sinal que a senhora é uma pessoa bem liberada em relação a conceito de vida, no sentido: Cada um deve fazer o que acha:
Professora Isabela: Eu parto do seguinte princípio em relação às minhas filhas, eu ensino, seguindo os meus referenciais, o que é certo e o que é errado! Quem tem que decidir que caminho tomar são elas próprias.
RW: O que se percebe é que aqui na escola a senhora é um modelo, para todos os alunos.
Professora Isabela: Eu tento fazer assim as coisas, do jeito que eu gostaria na minha casa, eu tento fazer na escola. Do jeito que eu cuido da minha casa, das minhas coisas - é do jeito que eu tenho de cuidar da escola! E tudo que há de melhor para o aluno - se a escola tem a função de beneficiar o aluno, de prover o aluno, a gente tenta fazer em prol do aluno! Para isto existe as escolas - preparar para a ação dentro do campo de trabalho. No nosso caso, a gente não trabalha o aluno só para ser cidadão. A gente trabalha o aluno para exercer uma profissão.
RW: Professora Isabela, para aqueles que intencionam entrar para a área rural, que palavras a senhora dá de estímulo para estas pessoas?
Professora Isabela: Bom... "estímulo" é muito complicado, tem que ter muita vocação para a área agropecuária. Porque hoje ainda é um campo de atuação que a sociedade não considera prioritário. A meu ver, o produtor agrícola tinha que ser muito bem tratado. Porque é deles que a gente depende para se alimentar, para a gente obter tudo que a gente precisa. Eles não são olhados desta forma. Eles não são olhados nem pela sociedade e também pelo Governo. Eles teriam que ter mais apoios, para eles poderem alcançar os objetivos. Porque tem muita gente que "quer fazer" mas não tem incentivo para isso! É difícil, mas quem tem vocação tem que continuar.


RW: Agradeço sua entrevista.



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Comentário:
Quanto ao Governo Federal - as políticas públicas convergem para a agropecuária.
O economista Marcelo Heri - Presidente do IPEA diz: "O desafio agora é que as pessoas sejam mais protagonistas de suas vidas" - um especialista em questões sociais, ele mostra otimismo com o futuro. "O Brasil é muito mais o país que está fazendo uma revolução social, do que um milagre econômico".
Brancolina Ferreira, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do IPEA diz: "O programa de reforma agrária, praticamente desapareceu da agenda nacional. Qual a causa? A atual política privilegia o agronegócio e sua contribuição para a balança comercial", analisa Brancolina.
Diz o professor da UNB, José Eustáquio Ribeiro, debate em 2012 no IPEA: "A agricultura atual não se resume apenas ao uso dos recursos naturais, mas sim na elevação da produtividade. Hoje a questão central é o acesso à tecnologia. Isso só é possível na educação e extensão rural".
O Presidente do Incra, Carlos Guedes, diz no evento do IPEA em 2012: "O objetivo é transformar os assentamentos em comunidades rurais, autônomas e integradas ao território em que vivem".
Buscar excelência em pesquisa e inovação tecnológica.
O BNDES dispõe de verba de 3 bilhões de reais para investimentos em pesquisa e inovação tecnológica.
Sugestão à escola: Buscar apoio e suporte técnico do Ministério de Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF) e do Centro Alemão de Ciência e Inovação de São Paulo, e no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (DWIH-SP).
Desde que, a Embrapa, com o apoio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) desenvolve o projeto de aproveitamento de resíduos de produção do açúcar, cerveja, suco de maracujá, em parceria com alunos de doutorado da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). É um ponto referencial para proposição de novos projetos.
O Ministério de Integração Nacional realizou Conferências Estaduais de Desenvolvimento - com a coordenação geral do economista Aristides Monteiro - em busca de sinalizar as melhores iniciativas e propostas; o objetivo: superar os obstáculos ao desenvolvimento regional.
"É a primeira vez que ocorre uma avaliação tão abrangente em busca de desenvolvimento regional". Diz Cláudio Amitrano, do IPEA, na Conferência de Florianópolis, Santa Catarina, em 2012.

"O objetivo proposto é a aproximação entre governo e diversas organizações municipais, setor empresarial, movimentos sociais e instituições de Ensino", diz Sérgio Duarte Castro, Secretário Nacional de Desenvolvimento.


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