Educação e o vínculo emocional

Gosto dos sons do despertar do dia. 

Esta é uma região de pássaros que embelezam o amanhecer, tornando cada manhã uma inesquecível experiência também aos ouvidos.

Mas... meu vizinho às vezes deixa o cachorro latir horas a seguir e não lhe dá atenção.

Você já viu cena assim: a criança chora, chora – e a mãe não atende, não se importa? Será que não se condói? Nesta vontade de esclarecer quando me deparei com um fato assim, eu perguntei à mãe... Irritada ela explicou: “Deixa! Uma hora ele cansa, e desiste de chorar”. Olhei pasma para o rostinho vermelho e inchado – o que será que esta criança quer? O que ela precisa para se aquietar? – pensei aflita por querer ajudar. Mas a mãe interrompeu meus questionamentos, ao agarrar firme a mão do garoto e sumir na multidão.

Eu continuei ali na esquina, indecisa de atravessar a rua – pensando: como será esta criança em adulto? Logo lembrei deste episódio ao chegar numa sala de aula e ouvir uma professora gritar a plenos pulmões: “Silêncio!!”. E com as caras espantadas, as crianças emudecem e aí começa uma aula. Será? Penso que é aí que “acaba” aquilo que seria uma aula...

O neurologista Rubens Wajnsztejn alerta: “O problema não é de ‘aprendizagem’, e sim de ‘ensinagem’, quando ocorre a falta de diálogo.

O jornal Valor estampa em letras enormes: Inovação – um caderno especial dedicado aos “Centros Avançados” das empresas que incentivam a pesquisa. Um outro valor salta aos olhos, é a palavra “bilhões”!

E eu questiono: como querer a inovação – se não for através de estudo criativo?

E o que desperta o estímulo de aprender?

Brainstorming na Educação: o diálogo

//Rubens Wajnsztejn – do livro Dificuldades Escolares: um desafio superável (Editora Artemis) em curso SINEPE/RJ – 2008.

Cláudio Saltini – Afetividade e Inteligência (DP&A Editora) no Informativo Cidadania – Fundação Bunge (Folheto Coordenação Carlo Lovateli).